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França quer mais tempo para Grécia cumprir as metas Premiê Jean-Marc Ayrault defende prazo maior para que Atenas faça reforma e permaneça na zona do euro Receita de aperto fiscal prescrita pelos credores internacionais ao país provocou amplos protestos neste ano
A Grécia deve ter mais tempo para cumprir as metas estabelecidas por credores internacionais, desde que o país se comprometa com uma reforma econômica, defendeu o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault. "A resposta não pode ser uma saída da Grécia da zona do euro", disse Ayrault, em entrevista ao site de notícias Mediapart. "Nós podemos fornecer mais tempo, com a condição de que a Grécia seja sincera em seu compromisso com as reformas fiscais." À beira da falência, a Grécia precisa do aval da UE (União Europeia) e do FMI (Fundo Monetário Internacional) para um corte de gastos no montante de € 12 bilhões. Só assim será liberada a nova parcela do pacote de ajuda à Grécia -sem o qual o país pode sofrer um default e até sair da zona do euro. Até o momento, o governo grego conseguiu acertar cortes de € 9,5 bilhões em gastos. Nessa soma estão incluídos € 6,5 bilhões em redução de salários e aposentadorias. A dura receita de aperto fiscal prescrita pelos credores internacionais à endividada Grécia (132% do PIB do país está comprometido) provocou amplos protestos no país neste ano. E colocaram em debate as medidas de austeridade defendidas -sobretudo pela Alemanha- para crises das dívidas na Europa. Respondendo sobre se o presidente francês, François Hollande, será capaz de cumprir com sua agenda pró-crescimento, Ayrault viu avanços. Ele disse que um pacote de estímulo para toda a UE no valor de € 120 bilhões foi só um primeiro passo, mas uma das vitórias do presidente. Pesquisa ontem mostrou a aprovação de Hollande no menor patamar desde que ele assumiu o governo, em maio. EXPATRIADOS FISCAIS O aumento dos impostos sobre os ricos na França leva à crescente fuga para Bélgica e Suíça, como a Folha mostrou ontem. Em Berna (Suíça), consulta popular rejeitou o fim de benefícios fiscais concedidos aos ricos estrangeiros que transferem seu domicílio fiscal para lá. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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