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China cancela evento com Japão e aumenta tensões Disputa por ilhas motivou Pequim a suspender comemorações dos 40 anos de laços com Tóquio Manifestações contra os japoneses foram registradas em Taiwan, que também reivindica posse sobre arquipélago DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASO governo chinês cancelou ontem os eventos de comemoração que marcariam, na quinta-feira, os 40 anos de relações diplomáticas do país com o Japão, aumentando a tensão entre as duas nações, que disputam há décadas a soberania sobre um arquipélago na região. A decisão foi tomada em meio a protestos contra o governo japonês realizadas na China e em Taiwan, que também reivindica o poder sobre o conjunto de ilhas. Na sexta-feira, a chancelaria chinesa já havia indicado que a celebração poderia ser cancelada ao afirmar que "muitos planos foram arruinados" pelas ações perpetradas por Tóquio. Cerca de 3 mil manifestantes tomaram as ruas da cidade de Guangzhou, no sul da China, levando consigo bandeiras nacionais e cartazes que pediam o boicote a produtos japoneses. Em Taipé, capital de Taiwan, centenas marcharam contra o Japão, pedindo que o país abandone as ilhas -chamadas Senkaku pelos japoneses e Diaoyu pelos chineses. O arquipélago está situado a 250 km do litoral da China continental e a 200 km ao oeste das ilhas japonesas de Okinawa. Acredita-se que as águas que cercam a região sejam ricas em recursos energéticos. Os protestos foram convocados depois de Tóquio anunciar a compra de propriedades privadas na ilha no dia 11. Os manifestantes também protestavam contra a chegada de policiais japoneses na ilha, enviados ao local para tentar prevenir a chegada de ativistas de Taiwan. As constantes manifestações fizeram com que uma série de empresas japonesas, entre elas a Panasonic e a Canon, fechassem suas sedes e fábricas na China por medo de se transformarem em alvo de ataques. ENCONTRO BILATERAL Apesar de as relações entre os dois países estarem fragilizadas, a China deve enviar hoje uma delegação diplomática ao Japão para tentar aliviar as tensões, informou ontem o jornal "South China Morning Post". De acordo com o escritório de relações internacionais do Partido Comunista chinês, a equipe se reunirá tanto com representantes do governo japonês como da oposição. Um dos objetivos da visita é tentar diminuir o atrito entre as duas partes antes que os chanceleres chinês e japonês se encontrem, na quarta-feira, em Nova York durante a Assembleia-Geral da ONU. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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