Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Rebeldes atacam QG militar em Damasco Carros-bomba são lançados contra centro de defesa sírio, matando 4; jornalista que trabalhava para TV do Irã é morto Grupos ativistas dizem que ao menos 40 corpos de vítimas de massacre foram achados em um subúrbio da capital DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASEm novo ataque de grupos contrários à ditadura de Bashar Assad, dois carros-bomba atingiram o quartel-general dos serviços de defesa da Síria na capital do país, Damasco, e mataram ao menos quatro seguranças, segundo a mídia estatal do país e relatos de testemunhas. Foi um dos principais atentados contra órgãos do governo sírio desde que um ataque suicida matou o ministro da defesa, Daud Rajiha, e outros três integrantes do círculo mais próximo de Assad, há pouco mais de dois meses. A TV estatal síria exibiu imagens de circuito de segurança que mostram uma van branca se aproximando do QG e explodindo. O impacto estilhaçou as janelas de um hotel vizinho e os vidros de vários carros estacionados. Insurgentes do Exército Livre da Síria reivindicaram a autoria dos ataques. Após as explosões, que foram quase simultâneas, houve tiroteio entre rebeldes e forças do regime no centro de Damasco. Pelo menos uma pessoa morreu na troca de tiros -o jornalista sírio Maya Nasser, 33, que trabalhava para o canal iraniano Press TV (o Irã é um dos principais aliados do regime de Assad). Segundo a emissora, ele foi atingido por um atirador rebelde enquanto fazia uma reportagem. De acordo com a agência France Presse, pelo menos 11 jornalistas, entre repórteres e cinegrafistas, foram mortos desde o início do conflito na Síria, em março de 2011 -ativistas de oposição estimam em mais de 30 mil as mortes no país nesses 18 meses. Na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, o presidente da Tunísia, Moncef Marzuki, defendeu uma operação árabe de manutenção da paz militar na Síria. O presidente do Egito, Mohamed Mursi, condenou o conflito sírio como "a maior tragédia de nossos tempos". RELATOS DE MASSACRE Ontem, foi o segundo dia consecutivo de ataques com bombas na capital. Duas organizações de ativistas anti-Assad anunciaram que vários corpos foram encontrados num subúrbio situado ao sul da capital. Aparentemente, as mortes foram provocadas por forças leais à ditadura. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, baseado em Londres, disse que 40 corpos, inclusive de mulheres e crianças, foram achados no subúrbio de Thiyabiyeh. O líder da organização, Rami Abdul-Rahman, disse não ter detalhes sobre as mortes. Outro grupo de oposição a Assad, os Comitês de Coordenação Local, estimou em 107 o total de corpos encontrados e disse que muitos dos cadáveres mostravam sinais de execução -algumas das vítimas teriam sido degoladas. Os números indicam um dos piores massacres de civis desde o início do levante. A censura imposta pelo regime de Assad à imprensa impede a verificação independente das informações. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |