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Portugueses cortam até bens essenciais DO ENVIADO A LISBOASem sinais de que a crise econômica se atenuará nos próximos meses, os portugueses de todas as classes já começaram a cortar gastos. Uma pesquisa da Sedes (Associação para o Desenvolvimento Econômico e Social), feita entre março e abril e divulgada nesta semana pelo jornal "Diário de Notícias", mostrou que os cortes começam pelas atividades de lazer, seguidas por redução de gastos em bens essenciais. O estudo, que recebeu o título "O impacto da crise no bem-estar dos portugueses", mostrou que o lazer é a primeira coisa em que a classe média portuguesa reduz seus gastos. Para os mais pobres, o corte já é aplicado diretamente nos bens essenciais. Já a classe alta, ainda segundo a pesquisa das Sedes, diminui os recursos destinados à educação. Todos os segmentos diminuem as despesas com saúde. A aposentada Irlene, que não quis revelar seu sobrenome, lamentou à Folha que os serviços públicos do setor agora sejam alvo de taxas. "Sou diabética, preciso fazer consultas regulares e já tive até mesmo que operar duas vezes minha vista. Da primeira vez, o serviço foi ótimo e gratuito. Na mais recente, não pude me internar no hospital e ainda me cobraram € 7,5 (R$ 20) pela consulta médica", reclama Irlene. Ainda de acordo com a pesquisa, 51,9% dos portugueses estão revoltados com a atual situação, enquanto 45,3% estão resignados. Se Irlene está no grupo dos insatisfeitos, Luis Filipe Alves, 52, motorista, está entre os resignados. "Comida e água, graças a Deus, não nos faltam. Mas crise, desemprego, guerra, o mundo sempre foi assim, tanto em 1012 quanto em 2012", diz Alves. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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