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FMI reduz projeção de crescimento mundial Dificuldade de recuperação das economias faz Fundo prever expansão global de 3,3% em 2012, em nova queda Estimativa é 0,2 ponto percentual menor que a anterior; perspectiva para 2013 é de que o avanço seja de 3,6% FABIANO MAISONNAVEDE PEQUIM Em relatório pessimista divulgado ontem, o FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou para baixo a previsão de crescimento econômico global deste ano. As dificuldades de recuperação atingem todas as principais economias. "O baixo crescimento e a incerteza nas economias avançadas estão afetando mercados emergentes e economias em desenvolvimento por meio dos canais comerciais e financeiros, que se somam às debilidades internas", afirma, em nota, o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard. Os principais motivos para o cenário mais deteriorado, diz o Fundo, são o estresse financeiro de economias periféricas europeias no segundo trimestre e a diminuição do consumo interno em países emergentes, como o Brasil e a China. O FMI agora prevê um crescimento global de 3,3% para este ano e um leve aumento para 3,6% em 2013. Em julho, as projeções eram, respectivamente, 0,2 e 0,3 ponto percentual maiores. Para a China, principal parceiro comercial do Brasil, as previsões sofreram uma queda de 0,2 ponto percentual tanto para este ano quanto para o próximo. O país asiático deve chegar a dezembro com um crescimento de 7,8%. Para 2013, a estimativa é de 8,2%. O FMI avalia que a desaceleração chinesa se deve às políticas para diminuir o risco de uma bolha imobiliária e uma demanda externa mais fraca. Mas o relatório prevê uma recuperação da segunda economia mundial por meio de novos projetos de infraestrutura. Com relação à combalida zona do euro, o Fundo faz uma diferenciação entre as "economias centrais", que crescerão levemente até o final de 2013, e as "economias periféricas", que devem se contrair neste ano por causa de medidas de austeridade, com uma débil recuperação no ano que vem. Os EUA devem passar por uma recuperação pequena: 2,2% neste ano e 2,1% em 2013, em meio à falta de confiança dos consumidores e condições financeiras relativamente apertadas, entre outros problemas. "Tema-chave é saber se a economia global está só atingindo outro momento de turbulência numa já esperada recuperação lenta e acidentada ou se a atual desaceleração tem componente mais duradouro", diz o Fundo. A divulgação do Panorama Econômico Mundial marca o início da reunião anual do FMI e do Banco Mundial, nesta semana, em Tóquio. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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