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Espanha sinaliza requisitar ajuda financeira à Europa Investidores reagem com otimismo, e as Bolsas europeias fecham em alta Agência Moody's dá voto de confiança ao país e decide não rebaixar sua nota para grau de especulação DE LONDRESO governo espanhol, depois de meses de negociações, sinalizou que está pronto para pedir um empréstimo ao Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira, com o que espera reduzir os custos para financiar suas contas. O país tem a maior taxa de desemprego da União Europeia, de mais de 25%. A notícia foi divulgada ontem pelo jornal britânico "Financial Times", com base em depoimentos de funcionários do alto escalão do governo. Segundo a Reuters, o pedido será feito pela Espanha durante o mês de novembro. O governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy trabalha com a hipótese de pedir o empréstimo e não utilizar os recursos disponibilizados pelas autoridades europeias. O Ministério da Economia calcula que apenas o fato de pedir resgate financeiro já acalmaria os mercados e reduziria satisfatoriamente os juros que o país precisa pagar aos investidores nos papéis de sua dívida pública. O governo espanhol chama a operação de "linha de crédito preventiva". Isso possibilitaria, enfim, a atuação do Banco Central Europeu no mercado secundário (entre investidores) de títulos de dívida pública, já que a instituição impõe o pedido de socorro como precondição para a compra de papéis de países da eurozona. A manobra foi vista com bons olhos pelos investidores internacionais. Os juros dos papéis espanhóis caíram durante as operações de ontem, e as principais Bolsas europeias encerraram o dia registrando altas. Em Madri, o índice Ibex subiu 3,41%. Em Londres, houve alta de 1,12%. Até mesmo o governo alemão, que vinha manifestando oposição a um pedido de resgate da Espanha, deu sinais ontem de que está de acordo com a medida. Dois políticos da base da chanceler Angela Merkel disseram que o país deve concordar com o empréstimo espanhol. A agência de classificação de risco Moody's decidiu manter a nota da Espanha como grau de investimento. A manutenção foi vista como voto de confiança da agência, que disse em nota que o anúncio da possível intervenção aumenta as chances de o país se financiar nos mercados. (RODRIGO RUSSO) Com agências de notícias Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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