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Sandy mata 39 e inunda cidades nos EUA

Ciclone pós-tropical deixa rastro de destruição na Costa Leste; pelo menos 8 milhões ficam sem energia elétrica

Com invasão de águas, metrô de NY sofre os maiores danos em 108 anos; Obama e Romney suspendem campanha

Eduardo Munoz/Reuters
Vista do sul de Manhattan (NY) às escuras, na madrugada de ontem
Vista do sul de Manhattan (NY) às escuras, na madrugada de ontem
RAUL JUSTE LORES DE NOVA YORK

Uma das mais devastadoras tempestades a atingir a Costa Leste dos EUA deixou um saldo de pelo menos 39 mortos em oito Estados, cidades inundadas, 8 milhões de pessoas sem energia elétrica, transporte público paralisado, incêndios e um prejuízo financeiro que pode chegar a US$ 50 bilhões.

O ciclone pós-tropical Sandy causou os maiores danos do metrô de Nova York em seus 108 anos de história.

Estações e túneis ficaram inundados -pela primeira vez em 80 anos, até água do mar, salgada, invadiu os túneis. Estima-se que os trens só voltem a funcionar em até cinco dias.

Ruas do distrito financeiro, ao sul de Manhattan, ficaram alagadas. Carros boiavam em Wall Street e no East Village. As Bolsas não funcionaram, mas devem reabrir hoje.

Cerca de 260 pacientes de um hospital da cidade tiveram de ser retirados às pressas depois que a água começou a invadir o prédio.

Bebês da UTI neonatal foram os primeiros a sair. Enfermeiras operaram manualmente respiradores artificiais em alguns deles, enquanto desciam as escadas.

Em Nova Jersey, um dos Estados mais afetados e onde o Sandy tocou primeiro tocou o solo norte-americano, cidades alagaram depois de as ondas do mar romperem uma barreira.

O presidente Barack Obama, candidato à reeleição na semana que vem, visitará a região hoje.

Tanto o democrata como seu rival republicano, Mitt Romney, suspenderam compromissos de campanha. Há dúvidas sobre o impacto da tempestade nas eleições, daqui a seis dias, em razão dos estragos na infraestrutura.

APAGÃO, CALADÃO

Toda a parte sul de Manhattan, incluindo bairros como Chelsea, Soho, Village, Tribeca e o Distrito Financeiro, estão sem luz nem internet -e nem o sinal de telefones celulares funciona.

Os semáforos nessa área da cidade ficaram sem funcionar, mas as ruas ficaram vazias -até os onipresentes táxis amarelos rarearam na parte sul da ilha.

Com a ausência do metrô, os ônibus da cidade voltaram a circular às 17h locais de ontem, sem cobrar passagem, o que deve se repetir hoje.

Escolas públicas continuarão fechadas pelo terceiro dia, assim como todos os parques, pelo risco de que árvores mais antigas caiam.

Houve 7.000 queixas de árvores caídas na cidade desde domingo. Não há previsão para a reabertura dos parques.

DIA DAS BRUXAS

O prefeito da cidade, Michael Bloomberg, pediu que os pais redobrem a atenção com as crianças nas festas de Halloween, hoje.

Tradicionalmente, as crianças saem sozinhas vestidas de bruxas e vampiros, pedindo doces em troca de bom comportamento.

"Segurem seus filhos pela mão porque há várias áreas sem luz e motoristas podem não vê-las."

A tempestade atrapalhou os preparativos para a tradicional Maratona de Nova York, mas a prova, no domingo, está confirmada.

Milhares de turistas vagavam por Midtown, no primeiro dia de ventos mais fracos, mas chuva persistente, sem saber exatamente o que fazer na cidade, com todos museus e teatros fechados.

Um coral de voluntários começou a cantar clássicos da Broadway, como "A Noviça Rebelde", em plena Times Square, para pedir doações para a Cruz Vermelha.

O Sandy ruma ao norte, em direção aos Grandes Lagos, na fronteira com o Canadá, e deve perder força nas próximas 72 horas.


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