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Análise
Excesso toma cobertura, de tubarões em Nova Jersey a 'pior que 11 de Setembro'
NELSON DE SÁ DE SÃO PAULOO correspondente Jorge Pontual não escondeu seu terror ao entrar na Globo às 6h27, horário de Nova York, ainda escuro, iluminado só pela tela do celular: "Nunca vi, nunca ninguém aqui viu nada igual. Está pior do que 11 de Setembro".
No início da tarde, alterou um pouco a comparação ao descrever uma foto do marco zero: "A área destruída no 11 de Setembro, onde ficavam as Torres Gêmeas, parecia as cataratas do Iguaçu".
As hipérboles foram a regra, na cobertura por aqui. Não se restringiram ao correspondente assustado ou à Globo, com relatos sem fim de cada canto de NY, avançando por outras redes, canais, rádios, sites.
Não foi muito diferente por lá, na cidade que concentra a mídia dos EUA e do Ocidente. O apagão de energia ou do acesso on-line se espalhou, de "Huffington Post" e "Gawker "ao "Daily News".
Os clientes das operadoras de telefonia móvel e de cabo, como AT&T, Sprint e Verizon, também enfrentaram cortes de conexão. E não faltou apagão na cobertura, a começar dos canais CNN e Weather Channel, este local.
O canal do tempo, que já na segunda havia batido seu recorde on-line, com mais de 200 milhões de páginas vistas, foi um dos que caíram na conversa de que a Bolsa havia sido inundada.
Era mentira, nascida no Twitter. Mais precisamente, era um dos vários boatos de @ComfortablySmug, "o pior vilão de Sandy no Twitter", no dizer do "BuzzFeed", que descobriu quem era: um marqueteiro republicano.
Se originou rumores como a enchente em Wall Street ou a presença de tubarões nas ruas de Nova Jersey, o Twitter também tratou de desacreditá-los pouco depois de surgirem -e antes das correções de CNN etc.
Mais afeito às notícias, o Twitter concentrou a atenção em NY, mas o Instagram também fez história, registrando dez novas fotos da catástrofe por segundo, já anteontem, de acordo com a própria rede de troca de imagens.
Também o Facebook fez a sua parte, com "We are ok" ou "estamos bem" como expressão mais compartilhada. Mas quem ganhou mais pontos, pelo jeito, foi o Netflix, com um salto de 100% na audiência de seus programas e filmes via internet.
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