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Israel faz novo ataque à Síria e retalia Gaza
Revide a Damasco, com morteiros, entra no segundo dia; regime sírio não comenta
Israel viveu ontem mais um dia de escalada militar em duas frentes. No norte, o Exército israelense abriu fogo contra a Síria pelo segundo dia consecutivo, em reação à queda em seu território de morteiros do país vizinho.
No sul, ao menos 20 foguetes da faixa de Gaza atingiram Israel, que respondeu com novos ataques ao território palestino e ameaçou ampliar a retaliação.
No domingo, Israel disparou contra a Síria pela primeira vez desde a Guerra do Yom Kipur, em 1973, numa advertência ao regime sírio.
Ontem, após mais um morteiro da Síria atingir as colinas do Golã -território que ocupa desde 1967-, Israel passou da advertência ao ataque, com disparos de tanques que acertaram duas artilharias móveis sírias.
Segundo o Exército, o ataque atingiu "a origem" do morteiro disparado horas antes e não deixou vítimas.
Israel decidiu abrir fogo apesar de avaliar que os disparos de Golã foram de "morteiros perdidos" da guerra civil síria, e que Damasco não tem interesse em levar o conflito além de suas fronteiras.
Apesar disso, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, advertiu que o país "não permitirá que ninguém viole nossas fronteiras ou atire em nossos cidadãos".
O regime sírio não comentou a troca de disparos com Israel. Entretanto, nota do ELS (Exército Livre da Síria), principal força rebelde, afirmou que o regime sírio reduziu sua ofensiva na região após a retaliação israelense.
Embora o incidente no Golã tenha ganhado as manchetes internacionais, pelo risco de um confronto entre Israel e Síria, para o governo israelense a maior preocupação agora é a escalada em Gaza.