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Análise EUA
Eleição em 2016 pode ter Clinton contra Bush
A possibilidade de Hillary enfrentar Jeb é encarada por muitos norte-americanos como uma espécie de sonho
Duelo entre Clinton e Bush nas eleições americanas de 2016? O primeiro a tratar do assunto em grande escala foi o blog Politico, sempre atento ao que se passa no "cinturão", como são conhecidos os bastidores de Washington.
A possibilidade é encarada por muitos americanos como uma espécie de sonho: Hillary Clinton, mulher do ex-presidente Clinton, e Jeb Bush, irmão e filho de ex-presidentes, como candidatos democrata e republicano.
Em entrevista na TV Hillary repetiu, com maior ênfase, que não tem planos para disputar a Presidência dos Estados Unidos. Respondia a uma afirmação de Jonh McCain, candidato republicano derrotado por Obama em 2008, de que Clinton prepara o terreno para que sua mulher dispute a Presidência.
É como se explica, segundo McCain, a forte presença de Clinton na campanha de Obama pela reeleição. Teria sido um ensaio visando à candidatura de sua mulher.
Mas Hillary disse na entrevista que se sente muito honrada em ter servido ao seu país, interna e externamente, por tantos anos, mas que a partir de agora quer "de fato" dedicar-se a coisas pessoais.
Mas analistas do "cinturão" dizem que a reduzida dimensão dos que surgiram até agora como pré-candidatos democratas pode acabar tornando Hillary a tábua de salvação de seu partido, quer ela queira ou não.
A sensação dominante é a de que ela "de fato" quer. Embora supere o próprio Obama nas pesquisas com índices altíssimos, acharia cedo para anunciar sua pretensão.
Talvez no páreo entre Joe Biden, o vice de Obama. Mas o grande obstáculo à designação de Hillary é ela própria. O que se coloca é saber se ela quer e isto não está claro. Além de Biden, há o governador de Nova York, Andrew Cuomo, e outros de menor porte entre os democratas.
Já entre os republicanos Jeb Bush teria de enfrentar, caso se lance como pré-candidato, um grupo de políticos de variadas ideologias confinadas à direita, para onde os republicanos foram empurrados nas últimas eleições. Os Bush se perfilam com a NRA (principal lobby pró-armas) e têm um passado de apoio à emenda constitucional que legaliza o porte de armas. Diante da nova mortandade em Connecticut, tratou de ficar em silêncio.
Mas se Jeb lançar-se, com os galardões de ex-governador da poderosa Flórida hispânica e de uma família com dupla presença na Casa Branca, ele estará na linha de frente da próxima sucessão americana em 2016. Idem para Hillary Clinton.