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Impasse do 'abismo fiscal' pressiona Senado nos EUA
Obama e Câmara não obtêm acordo; entre senadores, polarização política é menor
O fracasso do presidente da Câmara, John Boehner, e do presidente Barack Obama em forjar um acordo para evitar que os EUA vivam um choque fiscal em uma semana joga os holofotes nos próximos dias para o Senado, considerado menos polarizado.
Desde sexta, após uma proposta do republicano Boehner fracassar no próprio partido, a pressão sobe para que o líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, e o da minoria, Mitch McConnell, assumam a negociação.
Mas Reid, após se reunir com Obama antes do recesso de Natal, minimizou a especulação -um movimento para forçar a adesão da oposição à proposta do presidente, que quer promover cortes sociais menores e elevar impostos para os americanos que ganhem mais de US$ 400 mil ao ano (R$ 69,2 mil/mês).
Os republicanos, por sua vez, insistem em um maior aperto no gasto e só aceitam elevar alíquotas para quem ganhe acima de US$ 1 milhão.
Se não houver acordo até segunda, dia 31, os EUA cairão no "abismo fiscal", com corte de gastos públicos e aumento de impostos -o que levaria à recessão em 2013, dizem analistas.