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Rússia diz que Assad não deixará o poder
Após reunião com enviado da ONU, ministro afirma que ditador sírio resistirá "até o fim"
O ditador Bashar Assad, da Síria, ficará no poder "até o fim", segundo Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, um dos poucos países aliados do ditador.
Após reunião com o enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, em Moscou, Lavrov afirmou que é impossível fazer com que Assad deixe o governo.
No início deste mês, o jornal israelense "Haaretz" relatou uma visita do vice-chanceler sírio, Faisal al Miqdad, ao Equador, à Venezuela e a Cuba com o propósito de sondar os países latino-americanos sobre um eventual asilo a Assad. O presidente equatoriano, Rafael Correa, declarou à Folha que poderia considerar o asilo.
Ontem, o enviado da ONU à Síria disse que as duas únicas alternativas para a Síria são o "inferno", com até 500 mil refugiados procurando abrigo em países vizinhos, ou um processo político com um governo de transição.
O presidente do Egito, Mohamed Mursi, declarou que o regime de Assad não tem lugar na Síria. "A revolução do povo sírio, que nós apoiamos, vai continuar para alcançar seus objetivos de liberdade, dignidade e justiça social."
O conflito entre forças de Assad e oposição dura 21 meses e já deixou 40 mil mortos.
Nos últimos meses, os rebeldes conquistaram territórios. Segundo a oposição, ontem, em Homs, cidade símbolo da insurgência, as forças de Assad empurraram os rebeldes para o nordeste do município. Os rebeldes também denunciaram ontem um massacre na cidade, com mais de 200 mortos.