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Ao assumir UE, Sarkozy propõe "proteção" maior ao bloco
DA REDAÇÃO
Com propostas protecionistas, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, assumiu ontem a
presidência rotativa da União
Européia, por seis meses. Defendeu os subsídios à agricultura e afirmou que "a Europa deve proteger seus cidadãos contra os riscos da globalização".
Ele também polemizou com
o comissário europeu para o
Comércio Exterior, o britânico
Peter Mandelson, a quem acusou de levar a Europa a "perder
10% de seus empregos e 10% da
produção agrícola" ao negociar
na OMC (Organização Mundial
do Comércio) o fim dos subsídios. E acrescentou: "Não deixarei que isso aconteça."
Afirmou ainda que não aceitará "a redução da produção
agrícola no altar do liberalismo
mundial", pois a agricultura é
prioritária em um mundo com
800 milhões de pobres.
As afirmações foram feitas na
segunda à noite, numa entrevista à TV. Mandelson foi defendido ontem pela Comissão
Européia, o órgão executivo do
bloco de 27 países, que, em nota, qualificou essas críticas de
"erradas e injustificadas".
Na entrevista, Sarkozy também criticou Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, por dar sinais de
que elevará a taxa básica de juros na zona do euro, hoje em
4% ao ano, para conter a inflação. Para o presidente francês,
é preciso pensar no crescimento econômico. Disse que a atual
inflação é "importada" e que os
juros não poderão conter a alta
do petróleo.
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