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ÁSIA
Mongólia decreta emergência após mortes em protestos
DA REUTERS
A Mongólia decretou quatro dias de estado de emergência na noite de anteontem após protestos que culminaram na morte de cinco
pessoas em Ulan Bator, capital do país. Os manifestantes
exigem novas eleições parlamentares após o pleito do último fim de semana, que dizem ter sido fraudado.
A capital amanheceu calma ontem após milhares de
manifestantes saírem às ruas
na noite anterior, arremessando pedras na polícia e incendiando a sede do governista Partido Revolucionário
do Povo Mongol (PRPM).
Cerca de 220 civis e 108 policiais ficaram feridos e 700
manifestantes foram presos.
As condições das mortes,
porém, não estavam claras
-observadores independentes disseram que elas seriam
resultado da violência causada por jovens bêbados que
participaram da confusão.
Com o decreto do presidente Nambaryn Enkhbayar, as manifestações estão
proibidas e os poderes da polícia, ampliados. Foi declarado toque de recolher na capital a partir das 22h, e todos os
canais de televisão saíram do
ar, exceto a TV estatal.
Os protestos começaram
em dois bairros de Ulan Bator, onde o governo saiu vencedor, sob contestação do rival Partido Democrático
Mongol (PDM). Os resultados preliminares apontam
que o PRPM conquistou 46
dos 76 postos no Parlamento. A comissão eleitoral divulgará o resultado final até o
próximo dia 10.
Os dois partidos, que desde
a instalação pacífica da democracia no país no início
dos anos 90 se alternam no
poder, prometeram distribuir os recursos obtidos com
recém-descobertas reservas
de ouro e cobre. A Mongólia,
uma ex-república comunista, luta para modernizar sua
economia e combater a inflação, de 15% em 2007.
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