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TRAGÉDIA
Boeing-737 que caiu no mar Vermelho levava ainda 13 egípcios e 1 marroquino; não há sobreviventes; terror é descartado
Queda de avião egípcio mata 134 franceses
DA REDAÇÃO
Um Boeing-737/300 da empresa egípcia Air Flash caiu ontem no
mar Vermelho logo após ter decolado do balneário de Sharm el
Sheikh, 500 km a sudeste do Cairo, matando 134 turistas franceses, um marroquino e 13 tripulantes egípcios. Não há sobreviventes, e entre as vítimas há "muitas"
crianças, disseram autoridades.
O ministro egípcio da Aviação
Civil, Ahmed Zaki, e o ministro
francês dos Transportes, Dominique Bussereau, atribuíram o acidente a problemas técnicos e afastaram a hipótese de atentado.
O ministro francês da Justiça,
Dominique Perben, pediu que
procuradores franceses abrissem
um inquérito para apurar possível imperícia da tripulação.
O aparelho, construído em
1993, havia recentemente passado
por revisão na Noruega. Ele chegara ao balneário na sexta à noite,
com turistas italianos procedentes de Veneza e Milão.
Decolou às 4h44 (0h44, em Brasília) com destino a Paris e escala
no Cairo para reabastecimento e
troca de tripulantes. Desapareceu
da tela de radar sem que a torre tenha recebido do comandante
alerta de problemas a bordo.
Relatório preliminar das autoridades egípcias afirma que o
Boeing-737, segundos antes de
cair no mar, chegou a esboçar
uma curva para voltar ao aeroporto, a 15 km de distância.
Ninguém nos hotéis e resorts
das imediações ouviu explosão ou
ruídos estranhos que indicassem
a iminência de um acidente.
Sharm el Sheikh, no estreito de
Tiran, entre a península do Sinai e
a Arábia Saudita, é um dos locais
mais frequentados por europeus
no mar Vermelho. O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony
Blair, encontrava-se ontem num
dos hotéis com a família.
É um local de águas profundas,
apropriadas ao mergulho. O
Boeing aparentemente partiu-se
ao cair. Malas, brinquedos e pedaços de fuselagem boiavam com
fragmentos de cadáveres quando
a equipe de resgate chegou.
Um C-130 da Força Aérea Egípcia e dois helicópteros sobrevoaram a região antes de constatar,
diz a agência egípcia Mena, que
não havia sobreviventes.
O presidente francês, Jacques
Chirac, telefonou ao presidente
do Egito, Hosni Mubarak, que lhe
deu condolências.
Com agências internacionais
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