|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
foco
Jogo eletrônico que retrata "tirano sedento de poder" na Venezuela irrita Caracas
Maracaibo Filmes/Reprodução
|
|
Cena do jogo Mercenários 2, que tem a Venezuela como cenário
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
Um jogo eletrônico em que a
Venezuela é dominada por um
ditador nacionalista está
atraindo a ira do governo Hugo Chávez, para quem se trata
de "uma nova modalidade de
ataque ao processo de mudanças do projeto Simón Bolívar"
por parte dos Estados Unidos.
No "Mercenários 2", desenvolvido pela empresa americana Pandemic, a Venezuela de
2010 é vítima de um golpe de
Estado liderado por Ramon
Solano, "um tirano sedento de
poder que utiliza o fornecimento de petróleo e converte
o país numa zona de guerra".
Na pele de uma força mercenária, o jogador pode se aliar
com várias facções que também buscam o controle do petróleo. Sempre contra Solano,
que inicialmente contrata os
mercenários, mas não os paga
e ainda tenta matá-los.
"É hora de os venezuelanos
deixarem de pagar pela cobiça
dos interesses estrangeiros;
faremos com que paguem pelo
nosso petróleo", diz Solano.
O Ministério das Comunicações venezuelano diz que o jogo "é mais uma estratégia para
criar uma tendência de opinião na qual prevalece o caráter de tirano do líder da revolução bolivariana, assim como
para entrar, por meio do imenso poder dos jogos de vídeo, na
mente de milhões de jovens de
todo o mundo".
"Toda a controvérsia ao redor disso é um pouco cômica",
disse o porta-voz da distribuidora Electronic Arts à agência
Reuters. "É preciso lembrar
que é apenas um jogo."
Texto Anterior: Bolívia: Oposição na Bolívia ameaça gás ao Brasil Próximo Texto: Ação americana mata civis no Paquistão Índice
|