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Marines procuram armas químicas
DA REDAÇÃO
Fuzileiros navais americanos
começaram, ontem, a escavar um
suposto esconderijo de armas
químicas, localizado no pátio de
uma escola para meninas, em
uma cidade a sudeste de Bagdá.
De acordo com os marines, um
homem, que se identificou com
ex-membro das forças especiais
do Iraque, disse que um grupo de
iraquianos derrubou uma parede
na escola há dois meses. Segundo
essa fonte, os homens esconderam algo e passaram três noites
fechando o local com concreto.
"Vamos escavar e verificar",
afirmou o general James Mattis,
comandante da Divisão de Fuzileiros Navais, a maior força terrestre dos Estados Unidos no Iraque.
O progresso das escavações é lento devido ao aço reforçado e ao
pesado material de construção
utilizado no local.
"Moradores agarraram a máscara de gás de um fuzileiro e
apontaram o local", disse ele a
respeito das pistas fornecidas pela
população sobre as temidas armas químicas supostamente escondidas na cidade de Aziziyah, a
80 km a sudoeste de Bagdá.
Washington e Londres iniciaram a invasão do Iraque no dia 20
de março, afirmando que queriam libertar o país das armas químicas e biológicas supostamente
mantidas pelo governo iraquiano
e expulsar o ditador Saddam Hussein. Este, porém, nega que existam tais armas.
As forças americanas, equipadas com roupas de proteção, disseram que, até agora, não encontraram nenhuma evidência de
que Saddam possua armas químicas ou biológicas.
Ontem de manhã, um oficial
americano disse que os primeiros
testes feitos com o pó branco e o
líquido encontrados anteontem
em milhares de caixas descobertas próximas à capital iraquiana
indicaram não se tratar de armas
químicas. O material será encaminhado para mais testes.
"Na primeira análise, não parece ser uma substância que possa
ser usada em ataques químicos",
disse o coronel John Peabody, comandante da Brigada de Engenharia da Terceira Divisão de Infantaria. Peabody afirmou que
grande parte do material parece
ser atropina, substância usada como antídoto para agentes nervosos e outras armas químicas.
Não houve nenhum relato de
ataques químicos ou biológicos
mesmo depois que as tropas da
coalizão cruzaram a "linha vermelha", como é chamada pelo
Exército americano, ao redor da
cidade de Bagdá, na qual Saddam
supostamente armazena armas
de destruição em massa.
Com agências internacionais
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