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17º DIA
Presidente dos EUA reafirma que ação militar não cessará até que Iraque "esteja livre de opressores"
"Saddam verá que temos palavra"
ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK
"O regime iraquiano está aprendendo agora que nós mantemos
nossa palavra", afirmou ontem o
presidente dos EUA, George W.
Bush.
Em seu discurso semanal no rádio, ele lembrou que havia prometido atacar o Iraque se achasse
que o ditador Saddam Hussein
não estava se desarmando.
"Vamos remover as armas de
destruição em massa das mãos de
assassinos. E, defendendo nossa
própria segurança, estamos livrando a população iraquiana de
um dos mais cruéis regimes do
mundo", afirmou Bush.
"Vila por vila, cidade por cidade, a libertação está chegando. A
população do Iraque tem a minha
palavra: nossas forças vão atacar
até que seus opressores tenham
ido embora e que todo o seu país
esteja livre", disse Bush.
Ele voltou a afirmar que a cúpula do regime iraquiano será julgada sob a acusação de cometer crimes de guerra durante este conflito -o presidente americano tem
repetidamente dito que as tropas
de Saddam estariam usando mulheres e crianças para se proteger
e forçando cidadãos do país a atacarem as forças americanas, além
de acusá-lo pela morte de alguns
prisioneiros de guerra.
"O regime está aterrorizando
sua própria população. Alguns de
nosso inimigos escolheram usar
seus últimos dias para atos de covardia e de morte", afirmou o presidente dos EUA.
Bush traçou o que seria o contraste entre o comportamento das
tropas iraquianas e as de seu país
da seguinte forma: "As forças
americanas e nossos aliados estão
tratando os civis inocentes com
generosidade e respeitando os
soldados que se rendem. Estamos
levando ajuda à população iraquiana, que sofreu por muito
tempo, e estamos levando algo a
mais a eles: esperança", disse em
seu programa no rádio.
Ao falar sobre a ajuda humanitária aos iraquianos, ele citou os
alimentos levados pelas tropas
anglo-americanas nos últimos
dias e referiu-se, também, ao papel do Programa Mundial de Alimentação da ONU, que tenta colocar de pé uma operação de
emergência para o país.
O presidente disse ainda que a
guerra no Iraque é parte de uma
causa "grande e justa".
"Nações livres não vão sentar e
esperar, deixando os inimigos armarem um novo 11 de setembro,
desta vez, talvez, com terror químico, biológico ou nuclear", afirmou George W. Bush.
Bush irá à Irlanda do Norte
amanhã para discutir o pós-guerra com o premiê Tony Blair.
Expansão da guerra
Segundo uma pesquisa publicada ontem pelo jornal americano
"Los Angeles Times", grande parte dos americanos apoiaria o início de mais ações militares dos
EUA no Oriente Médio.
Metade da população apoiaria
uma ação contra o Irã se o país
"continuar desenvolvendo armas
nucleares", de acordo com a sondagem. Além disso, cerca de 42%
dos entrevistados disseram que,
se for comprovado que a Síria está
apoiando o Iraque, os EUA deveriam agir contra Damasco -46%
se opõem a uma ação do tipo.
O secretário da Defesa americano, Donald Rumsfeld, acusou a
Síria na última quinta-feira de fornecer equipamentos militares e
suprimentos ao Iraque.
Com agências internacionais
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