São Paulo, domingo, 08 de setembro de 2002

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TERROR

Noivos pretendiam explodir instalações militares dos EUA

Alemanha diz que casal detido com explosivos provavelmente agia só

DA REDAÇÃO

Um turco e sua noiva americana, detidos na Alemanha acusados de planejar um atentado contra bases militares dos EUA no 11 de setembro, aparentemente não estão ligados a nenhum grupo terrorista, disse ontem o Ministério do Interior alemão.
A polícia alemã prendeu o casal na quinta-feira, seguindo informações de autoridades americanas. Cerca de 130 kg de produtos químicos e cinco bombas foram encontrados junto com uma foto do líder terrorista Osama bin Laden no apartamento da dupla, perto de Heidelberg, cidade no sudoeste do país que abriga a sede das Forças Armadas dos EUA na Europa.
A investigação busca determinar se o casal agia sozinho ou era parte de uma rede terrorista. "Baseado no que sabemos até agora, estamos lidando com um indivíduo que não mostrou sinal de participação numa rede terrorista", disse o ministro do Interior, Otto Schily.
O casal foi identificado como Osman Petmezci, 25, e Astrid Eyzaguirre, 23, moradores de Walldorf, 10 km ao sul de Heidelberg. Segundo relatos, Petmezci seria um extremista islâmico "que odeia americanos e judeus", segundo a polícia.
Seus empregos davam a eles as condições necessárias para realizar um grande atentado. Petmezci trabalhava num depósito de produtos químicos na vizinha Karlsruhe. Sua noiva trabalhava numa loja para militares em Heidelberg, que abriga cerca de 16 mil soldados, familiares e trabalhadores civis americanos.
Seu posto lhe dava acesso a várias instalações do complexo militar de Heidelberg, inclusive da Otan (aliança militar ocidental, liderada pelos EUA).
A revista "Der Spiegel" disse ontem que Eyzaguirre expressara a uma amiga admiração pelo saudita Bin Laden e lhe disse para se afastar das lojas do complexo militar nos próximos dias. A amiga passou a informação para a polícia militar dos EUA.
Não havia sinal de alerta ou segurança reforçada ontem nas instalações militares dos EUA em Heidelberg.
Sandy Goss, porta-voz das tropas dos EUA na Europa, disse que não tinha informações sobre possíveis ataques.


Com agências internacionais


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