São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011 |
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Fórum Social faz do Cairo exemplo para ser seguido BERNARDO MELLO FRANCO ENVIADO ESPECIAL A DACAR O Fórum Social Mundial adotou a rebelião contra a ditadura de Hosni Mubarak no Egito como exemplo a ser seguido por movimentos de esquerda em todo o mundo. O levante foi exaltado por ativistas, intelectuais e políticos. Para eles, o Egito mostra como usar a comunicação instantânea para mobilizar massas e desestabilizar regimes autoritários. "O desafio da próxima década é criar protestos simultâneos em vários países", disse ontem o sociólogo português Boaventura Sousa Santos, uma das estrelas do encontro. "Não queremos Cairos globais, mas muitos Cairos ao mesmo tempo." A declaração lembra o mote de Che Guevara nos anos 60: "Criar um, dois, três, muitos Vietnãs". Outro tema debatido no fórum é a divulgação de telegramas do WikiLeaks. Ativistas acusam o grupo de "privilegiar" a grande imprensa. A Folha é um dos seis veículos que têm acesso prévio aos documentos. Em sua segunda edição na África, o encontro de movimentos antiglobalização enfrenta problemas com a desorganização e a estrutura precária do Senegal. Debates foram cancelados por sobreposição de horários ou falta de auditórios. Uma das vítimas foi o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), chefe da delegação brasileira no evento. Um evento em que ele falaria foi "desalojado" sem aviso. O petista estudou antecipar a volta ao país, mas foi convencido a ficar por militantes do PT, que improvisaram uma roda de cadeiras para ouvi-lo. Texto Anterior: Mártir: "Herói" diz que morreria por seu país Próximo Texto: Foco: Americanos lançam rap sobre a rebelião egípcia no YouTube Índice | Comunicar Erros |
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