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Governo lucra com derrota de líderes de La Paz e Cochabamba
DA ENVIADA A COCHABAMBA
Se não conseguiu derrotar os
oposicionistas do leste, o referendo de ontem, de acordo com
pesquisas de boca-de-urna, retirou dos cargos dois opositores
dos caminhos de Evo Morales.
Além de Manfred Reyes Villa,
de Cochabamba, caiu também
o governador de La Paz, José
Luiz Paredes.
Ontem, depois do anúncio da
derrota, o policiamento na sede
de governo de Cochabamba foi
reforçado para evitar ataques
de partidários de Morales.
Diferentemente de Reyes Villa, Paredes, de La Paz, admitiu
a derrota, mas fez duras críticas
ao governo, a quem acusou de
instalar o medo no departamento de La Paz. "O político está sempre à frente da gestão.
Votaram com o coração", disse.
Na análise feita à Folha por
Manuel Mercado, responsável
pelo Observatório de Gestão
Pública do governo Morales, ligado à Presidência, a "reconquista" dos dois departamentos era importante para retomar a iniciativa política -além
de ultrapassar a própria votação de 2005. O motivo: com La
Paz, e sua vizinha El Alto, no
mesmo departamento, e a cidade de Cochabamba, o governo
teria nas mãos 3 das 4 principais cidades do país. De fora,
apenas Santa Cruz.
A derrota do governador governista em Oruro, onde Morales foi aprovado por mais de
80%, foi considerada circunstancial. Agora, pelas regras da
lei do revogatório, o governo
anunciará governadores interinos para os três departamentos
até a realização de eleições.
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