São Paulo, domingo, 12 de maio de 2002 |
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PANORÂMICA ALEMANHA Para conter extrema direita, líderes devem lidar com segurança, diz Schröder O chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schröder, disse em uma entrevista publicada ontem por um diário londrino que líderes europeus devem lidar com a questão da segurança para evitar o avanço da extrema direita. "Na França, e possivelmente na Holanda, a direita tem ficado mais forte porque, entre a população, prevalece um sentimento de que a segurança -a proteção das pessoas- é uma questão com a qual não se lidou adequadamente", disse o chanceler ao jornal inglês "The Guardian". Na semana passada, o líder de extrema direita Jean-Marie Le Pen teve 18% dos votos no segundo turno da eleição presidencial na França e milhares de pessoas foram às ruas na Holanda para acompanhar o funeral do político de extrema direita assassinado Pim Fortuyn. "Se você faz concessões verbais à extrema direita, fortalece-a. E temos de agir contra ela", afirmou Schröder. Ele disse ainda que a ascensão da extrema direita seria a prioridade de sua reunião com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, hoje em Berlim. Segundo o líder alemão, parte de culpa pelo avanço da direita é da Comissão Européia, que não explica claramente suas políticas. "Decisões tomadas em Bruxelas que têm repercussões na economia e, portanto, no cotidiano das populações nos Estados-membros deveriam ser melhor divulgadas." VENEZUELA Estrangeiros participaram de golpe, diz Chávez O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse ontem que houve intervenção estrangeira no golpe de 11 de abril que o tirou do poder por 48 horas, mas afirmou não haver comprovação de que essa participação tenha sido promovida por algum governo. "Sem dúvida, houve participação estrangeira. Mas peço a Deus que nenhum governo estrangeiro tenha participado diretamente", afirmou o presidente em entrevista ao canal de TV estatal da Venezuela. Chávez disse que as características e a extensão da suposta intervenção estão sendo investigadas. Como evidências, ele citou a presença de um navio e de aviões de guerra estrangeiros em águas venezuelanas em 13 de abril e a captura de quatro franco-atiradores estrangeiros. Texto Anterior: Autoridades preparam comemoração de 1 ano Índice |
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