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AMÉRICA DO SUL
Na Argentina, 23 são expulsos do Exército após denúncia
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
O Ministério da Defesa argentino denunciou um esquema de contratações irregulares de bens e serviços pelo Exército que teria lesado o
Estado em 40 milhões de pesos (R$ 21 milhões).
Após a denúncia, 23 militares foram dispensados por
corrupção administrativa,
entre eles quatro generais e
cinco coronéis. De acordo
com a imprensa local, esse
poderia ser o começo de um
dos maiores escândalos no
Exército argentino em anos.
O Ministério da Defesa garante ter descoberto uma rede que promovia tráfico de
influência para favorecer alguns provedores do Exército, em licitações para compras previamente acordadas.
As licitações favoreceriam
amigos e familiares dos militares acusados. Segundo a investigação, haveria empresas-fantasma envolvidas.
Outra investigação paralela apura irregularidades na
compra de peças para o projeto Gaúcho, veículo militar
que a Argentina deve começar a produzir em parceria
com o Brasil em 2009, segundo o diário "La Nación".
A denúncia reforça a tensão entre o Ministério da Defesa e o Exército argentino,
que no ano passado resultou
na demissão do chefe de inteligência do Exército.
A presidente Cristina
Kirchner e seu marido e ex-presidente, Néstor Kirchner
(2003-2007), compraram
uma briga com setores militares ao permitirem a reabertura de centenas de casos
contra repressores da última
ditadura (1976-1983).
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