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Para El Baradei, ainda não há provas da existência de armas proibidas
DA REDAÇÃO
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica da
ONU, o egípcio Mohamed El Baradei, disse que não há provas da
existência de armas de destruição
em massa no Iraque e que os inspetores da ONU, e não equipes
americanas, deveriam analisar
substâncias suspeitas.
Ontem, o diário britânico "The
Guardian" afirmou que os EUA e
o Reino Unido enviaram uma
equipe secreta de inspetores para
o Iraque atrás de armas proibidas.
"Até agora, não há provas de
que o Iraque ainda tenha armas
de destruição em massa, disse El
Baradei a um jornal alemão.
"Não é suficiente que materiais
suspeitos tenham sido encontrados e testados em laboratórios
americanos, os resultados precisam ser checados pelos inspetores
da ONU. Só agindo assim é que
teremos uma conclusão confiável
sobre as armas proibidas", disse.
O secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, disse esperar que os inspetores possam voltar ao Iraque o
mais rápido possível, pois ainda
teriam autoridade para buscar
programas proibidos no país.
O governo americano insiste
que o Iraque armazena armas de
destruição em massa que poderiam cair nas mãos de terroristas,
mas ainda não encontrou provas.
Só suspeitas
Ontem, especialistas foram chamados a uma base aérea em Kirkuk, no norte iraquiano, para investigar ogivas suspeitas de apresentar traços de agentes químicos.
No dia anterior, um coronel iraquiano havia denunciado a existência de 120 mísseis na base, dizendo que 24 deles levariam armas de destruição em massa.
Dois testes inicialmente mostraram traços de agentes nervosos
nas ogivas, mas um terceiro teste
desmentiu os primeiros. Novos
exames estão estão sendo feitos.
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