São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 2011 |
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Explosão mata 75 em favela do Quênia Moradores tentavam roubar o combustível que vazava de oleoduto quando a brasa de um cigarro iniciou o fogo Para apagar as chamas, muitos se atiraram em um rio próximo ao local; governo do Brasil divulgou nota de pesar DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Ao menos 75 pessoas morreram e 112 ficaram feridas na explosão de um oleoduto ontem no Quênia. O acidente ocorreu na favela de Sinai, a 5 Km do centro de Nairóbi, às 9h (14h em Brasília). Os moradores perceberam um vazamento na tubulação que passa por entre as casas da comunidade e tentavam apanhar o combustível que escorria. A explosão aconteceu quando a brasa do filtro de um cigarro descartado por um homem que fumava no local atingiu o material inflamável. O fogo atingiu uma área de 300 metros. De acordo com a Cruz Vermelha, mais corpos podem ser encontrados, elevando o número de mortos, já que muitas das pessoas atingidas se atiraram em um rio que passa próximo ao local do acidente para tentar apagar as chamas. As buscas prosseguem. O presidente do Quênia, Mwai Kibaki, visitou os feridos internados no Hospital Nacional, o maior centro médico público do país, e o primeiro-ministro queniano, Raila Odinga, foi ao local da explosão e assegurou ajuda para vítimas e familiares. "É injusto que pessoas morram assim. O governo fará tudo que for possível para garantir que os feridos recebam tratamento e que as famílias que perderam entes queridos sejam compensadas", disse o premiê. O oleoduto pertence a uma companhia estatal queniana e tem tubulações que vão da cidade portuária de Mombasa até o centro-oeste do país, passando por Nairóbi. Uma nota de pesar foi divulgada na tarde de ontem pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil transmitindo a solidariedade do povo brasileiro a todos os quenianos, principalmente aos familiares das vítimas. Explosões desse tipo são comuns em comunidades pobres, onde não há energia elétrica e as pessoas utilizam lamparinas para iluminar as casas à noite. A população rompe a tubulação, rouba o óleo que escapa e, em refinarias rudimentares, trata o combustível para que possa ser usado em geradores e carros ou procura vender o material no mercado negro. Em 2009, 120 quenianos morreram em uma explosão semelhante, ao tentar apanhar combustível em um tanque de petróleo rachado. Texto Anterior: Acidente em central nuclear deixa um morto na França Próximo Texto: Anistia acusa rebeldes líbios de violar direitos humanos Índice | Comunicar Erros |
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