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Templo atingido
estava lotado para uma festa
DA REDAÇÃO
A sinagoga de Neve Shalom, no centro de Istambul e
a maior da cidade, estava
cheia de fiéis no momento
da explosão por causa da comemoração de um bar-mitzvá -cerimônia que
marca a maioridade religiosa judaica, aos 13 anos.
Segundo relatos, cerca de
300 pessoas estariam no local por causa da festa, em vez
das costumeiras 20 a 30.
Istambul, como capital do
antigo Império Otomano,
tem uma longa história de
presença judaica, intensificada após a expulsão dos judeus da Espanha, em 1492.
Entre 20 mil e 30 mil judeus
vivem na cidade, muitos dos
quais ainda falam uma forma medieval de espanhol
conhecida como ladino.
A Turquia, majoritariamente muçulmana, tem tradição de tolerância com os
judeus. Outros 5.000 judeus
vivem em outras regiões turcas. O país mantém fortes laços diplomáticos e militares
com Israel e é um dos destinos preferidos de turistas israelenses.
O governo turco disse que
o ataque não mudará as políticas do país. "Continuaremos com determinação a
nossa luta contra o terrorismo", disse o chanceler Abdullah Gul.
"Todos na Turquia são tratados de forma igual, todos
os meus vizinhos são muçulmanos", disse Edi Baruh, cujo pai estava na sinagoga Neve Shalom.
A sinagoga, uma espécie
de centro espiritual da comunidade judaica, já havia
sido alvo de outros atentados. Em 1986, o local foi invadido por terroristas palestinos armados, que mataram 22 pessoas. Em 1992,
um ataque a bomba atribuído ao grupo libanês Hizbollah, apoiado por Síria e Irã,
não deixou feridos.
O rabino-chefe da Turquia, Yitzhak Haleva, cujo filho ficou ferido nos atentados de ontem, disse que estava rezando na sinagoga Beit
Israel, a cerca de dois quilômetros da Neve Shalom,
quando ocorreu a explosão.
"Todas as janelas estouraram, e fiquei parado, em estado de choque, no meio de
espessa fumaça", disse ele à
Rádio Israel.
A frente das duas sinagogas foram praticamente destruídas pelas explosões dos
carros-bomba.
Com agências internacionais
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