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25 mil vão às ruas por renuncia de premiê tailandês
Após marcha pacífica, oposição acampou em frente à sede do governo para exigir que Samak Sundaravej deixe o cargo
Governante é acusado de ser títere de antecessor, derrubado em 2006 por corrupção; movimento é liderado pelas elites do país
DA REDAÇÃO
No 26º dia de protestos contra o governo tailandês, cerca
de 25 mil pessoas cercaram ontem a sede do governo em Bancoc para pedir a renúncia do
primeiro-ministro Samak Sundaravej, que está há apenas
quatro meses no poder.
Temendo que a manifestação
degenerasse em violência, forças de segurança equipadas
com canhões de água e bombas
de gás lacrimogêneo isolaram
desde as primeiras horas do dia
as ruas que dão acesso à sede do
governo nacional.
Mas o protesto foi pacífico,
embora os manifestantes estivessem armados com tacos de
beisebol, paus e barras de ferro.
No que foi interpretado como gesto apaziguador do governo, as autoridades levantaram as barreiras, permitindo
que a multidão protestasse em
frente ao prédio.
"É uma vitória daqueles que
amam a justiça", disse em conversa com jornalistas um porta-voz dos manifestantes. Ele
afirmou que os manifestantes
ficarão acampados em frente
ao palácio de governo até que o
premiê renuncie.
Um dos líderes do protesto, o
ex-primeiro-ministro Chavalit
Yongchaiyudh, afirmou que, se
a polícia usasse violência contra os manifestantes, apenas
um golpe de Estado poderia
restabelecer a normalidade
-seria o 19º desde 1932, quando a Tailândia abandonou a
monarquia absolutista.
Yongchaiyudh, general reformado e chefe do Executivo
em 1996 e 1997, avaliou que só
restam ao governo três alternativas nas atuais circunstâncias:
convocar eleições antecipadas,
substituir Sundaravej por outro chefe de governo ou incorporar altos membros da oposição no comando do país.
O movimento antigoverno é
coordenado pela plataforma civil Aliança Popular para a Democracia (APD), ligada ao
Exército e às elites econômicas
e intelectuais da Tailândia.
Em 2006, a APD liderou as
manifestações que levaram à
queda do premiê Thakshin Shinawatra, derrubado por um
golpe branco em meio à crise
econômica e denúncias de corrupção em grande escala.
O APD considera que Sundaravej é um títere de Shinawatra
e também acusa o atual governo de buscar dissolver a monarquia constitucional tailandesa.
Com agências internacionais
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