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GUANTÁNAMO
Começa o julgamento do motorista de Osama bin Laden
DA REDAÇÃO
Começou ontem, na base
militar americana de Guantánamo, em Cuba, o julgamento do motorista de Osama bin Laden, Salim Hamdan, acusado de ter recebido
treinamento da Al Qaeda no
Afeganistão e de traficar armas para o país.
O iemenita declarou-se
inocente, rejeitando acordo
com a acusação para cancelar o julgamento, o primeiro
presidido por uma comissão
militar americana desde a
Segunda Guerra (1939-45).
Processos de outros presos
de Guantánamo estão em fase de audiências preliminares. Casos anteriores a 2006
foram arquivados quando a
Suprema Corte declarou ilegal o sistema de comissões
militares criado pela Presidência após o 11 de Setembro. No mesmo ano, o Congresso aprovou uma versão
modificada do modelo.
No primeiro dia do julgamento, que deve durar cerca
de duas semanas, a defesa
questionou a imparcialidade
dos jurados e alegou que as
provas contra Hamdan foram obtidas sob tortura. Alguns depoimentos do acusado foram declarados inválidos pelo juiz Keith Allred.
Em junho, a Suprema Corte concedeu aos presos de
Guantánamo o direito de recorrer à Justiça civil para obterem proteções constitucionais antes negada aos chamados "combatentes inimigos ilegais". A decisão pode
abrir brechas legais para futuros apelos da defesa.
Hamdan foi capturado no
Afeganistão em 2001 quando, segundo a Promotoria,
transportava mísseis no carro. Seus advogados dizem
que ele voltava de uma viagem para deixar mulheres e
crianças no Paquistão.
A Promotoria pede prisão
perpétua.
Com agências internacionais
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