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ELEIÇÃO NOS EUA
Dinheiro arrecadado por Bush, Kerry, partidos e organizações políticas é quase o dobro em relação a 2000
Campanha americana supera US$ 1 bilhão
DA REDAÇÃO
O custo da campanha presidencial dos Estados Unidos deste ano
já superou a marca de US$ 1 bilhão. De acordo com dados apresentados anteontem à Comissão
Eleitoral Federal (FEC), o total arrecadado até agora por candidatos, partidos e grupos de atuação
política é quase o dobro do que foi
levantado no mesmo período da
eleição de 2000.
Até o fim de julho, a campanha
do presidente George W. Bush arrecadou US$ 242 milhões. A campanha do senador democrata
John Kerry ficou bem perto, chegando a US$ 233,5 milhões. Os
dois bateram com facilidade o recorde anterior, US$ 94 milhões,
estabelecido por Bush na eleição
de 2000.
Do dinheiro que entrou para os
cofres dos candidatos, o republicano já gastou US$ 209 milhões,
enquanto as despesas democratas
atingiram US$ 186,4 milhões.
Mídia
A maior parte da verba foi empregada na compra de espaço publicitário na mídia (diferentemente do Brasil, nos EUA não
existe horário eleitoral gratuito):
Bush gastou US$ 116 milhões em
TV, rádio, jornais e revistas e
Kerry, US$ 93 milhões.
Nas prestações de contas apresentadas à FEC, os partidos Republicano e Democrata afirmaram
terem arrecadado US$ 390,5 milhões de janeiro do ano passado
até julho último.
O Comitê Republicano Nacional conseguiu doações no valor de
US$ 245,3 milhões e o Comitê Democrata Nacional, US$ 145,2 milhões.
O resto do dinheiro foi arrecadado por grupos de ação política,
fundações e organizações sem fim
lucrativo que participam do processo eleitoral. Parte dessas entidades faz campanhas destinadas a
estimular a população a fazer seu
registro eleitoral e a comparecer
aos locais de votação no dia da
eleição (nos EUA, o voto não é
obrigatório).
Neste ano, contudo, por conta
de uma mudança nas leis eleitorais, é grande a influência de um
tipo dessas organizações, os chamados "comitês 527".
Ao contrário dos candidatos e
dos partidos, que podem receber
uma contribuição máxima de
US$ 2.000 de cada pessoa física ou
jurídica, esses comitês podem ganhar doações individuais ilimitadas. É por meio dos 527 que empresas e milionários interessados
em influenciar o resultado da eleição estão encaminhando milhões
de dólares para as campanhas.
Até o final de junho, segundo
dados apresentados à FEC, os 527
levantaram US$ 153,9 milhões. E
aqui Kerry leva grande vantagem
sobre Bush: US$ 144,9 milhões foram contribuições para comitês
pró-democratas e apenas US$ 9
milhões para pró-republicanos.
Educação
Ontem, durante a transmissão
de seu programa de rádio semanal, Bush procurou enfatizar os
feitos de seu governo na educação. Em pesquisas de opinião pública, o presidente e seu rival democrata obtêm índices semelhantes na resposta sobre quem é o
melhor preparado para cuidar da
educação.
"Estamos deixando para trás o
sistema falido que aprova crianças mesmo quando elas não estão
aprendendo o básico", afirmou
Bush.
Depois de reconhecer que as escolas precisam melhorar, o presidente disse que seu governo destinou US$ 12,3 bilhões para ajudar
alunos deficientes -um aumento de 41% desde que chegou à Casa Branca.
Anteontem, Kerry fez uma visita "não-eleitoral" à Flórida -para visitar as vítimas do ciclone
Charley. Foi a oitava vez que o democrata visitou o Estado neste
ano, enquanto Bush esteve lá 20
vezes. A Flórida tem o quarto
maior número de eleitores no país
e, como em 2000, está sendo considerado um Estado decisivo para
a eleição de 2 de novembro.
Da Flórida, Kerry viajou para
Pittsburgh (Pensilvânia), onde
participaria de um almoço de
campanha. Mais tarde, o candidato ainda viajaria para Nova York
para participar de outros eventos.
Com agências internacionais e "The New
York Times"
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