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Cidade disseminou filosofia grega
DA REDAÇÃO
Bagdá foi a principal cidade onde se produziu conhecimento a
partir do início do século 9º. Ali se
traduziram para o árabe livros do
grego, sânscrito, siríaco e persa.
Foram traduzidas as principais
obras de Aristóteles, com comentários neoplatônicos, a maior parte dos estudos médicos de Hipócrates, Galeno e Paulo de Egina e
as obras geográfico-astrônomicas
de Ptolomeu. Algumas delas (como Almagesto, de Ptolomeu) só
sobreviveram em árabe.
Foi em Bagdá que Al Kindi, "o
filosofo dos árabes", fundou a filosofia peripatética islâmica e
buscou integrar de modo harmonioso ensinamentos islâmicos ao
aristotelismo e ao neoplatonismo.
A cidade foi o elo de aproximação entre culturas diversas durante a "era das trevas" na Europa.
Em Bagdá, desenvolveu-se a
Bayt al Hikma (Casa da Sabedoria) -centro de tradução e produção científica fundado pelo califa Mamun al Rachid (813-833)-, que abrigou o gigantesco
projeto que traduziu tratados estrangeiros de diversas áreas para
o árabe (a língua da ciência e da
cultura de então) e que renovou
todo o conhecimento científico.
As obras de pensadores árabes
eram traduzidas para o latim e
outras línguas européias e usadas
como livros de referência e manuais. Poetas e homens de saber
religioso e secular se reuniram em
Bagdá nos séculos seguintes, e diferentes tradições culturais se
misturaram num processo de
enriquecimento mútuo.
(PDF)
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