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IRAQUE OCUPADO
Grupo liderado por Al Zarqawi, que, segundo Washington, é ligado à Al Qaeda, assume autoria do atentado
Ataque suicida mata ao menos 5 em Bagdá
DA REDAÇÃO
A explosão de um carro-bomba
matou ontem ao menos cinco
pessoas e feriu um funcionário
graduado do Ministério do Interior iraquiano, em Bagdá, cinco
dias depois que o líder do Conselho de Governo Iraquiano foi
morto num atentado similar.
Horas depois, um grupo liderado por Abu Musab al Zarqawi,
que, segundo os EUA, tem laços
estreitos com a rede terrorista Al
Qaeda, de Osama bin Laden, assumiu a autoria do atentado.
O general Abdel Jabar al Shaikli,
vice-ministro do Interior, estava
estável no hospital, segundo informação oficial, mas quatro de
seus seguranças e uma mulher
que morava na vizinhança morreram no ataque. Autoridades e militares americanos disseram várias vezes que a violência poderia
aumentar no país antes da transferência de poder para os iraquianos, marcada para final de junho.
"Seus irmãos do Jamaat al Tawhid atacaram o vice-ministro do
Interior, o general Abdel Jabar,
que era um apóstata traidor", disse uma declaração do grupo comandado por Al Zarqawi, segundo um site islâmico. De acordo
com esse comunicado, o atentado
tinha sido realizado por um
"mártir heróico", que explodiu
seu carro para mostrar aos iraquianos que eles não devem colaborar com as forças de ocupação.
Soldados americanos que estavam perto do local da explosão
afirmaram que alguns vizinhos
disseram ter ouvido troca de tiros
pouco antes do atentado.
Na última segunda-feira, a explosão de um carro-bomba em
Bagdá matou Izzedin Salim, que
comandava o Conselho de Governo Iraquiano (pró-EUA).
Os esforços americanos para assegurar a existência de um governo pró-EUA após a restituição da
soberania iraquiana se tornaram
mais difíceis depois que o Pentágono admitiu estar investigando
outros casos de mortes em prisões
controladas pelos EUA no Iraque.
O jornal "The Washington
Post" publicou mais fotos de casos de tortura de prisioneiros iraquianos. As imagens mostram
presos sendo espancados e molestados sexualmente por soldados
americanos na prisão de Abu
Ghraib, situada nos arredores de
Bagdá. O diário publicou relatos
de soldados sobre o ocorrido.
Um militar dos EUA disse que o
Exército estava investigando 32
mortes ocorridas no Iraque. Oito
delas foram classificadas por médicos de "homicídios".
Segundo o "Washington Post",
soldados americanos que protagonizaram as cenas de abusos disseram que, em alguns casos, os
presos estavam sendo punidos ou
preparados para interrogatórios,
porém, em outros, os abusos faziam parte de momentos de "diversão" dos militares.
A explosão de outro carro-bomba, em Mahmudiya (30 km
ao sul de Bagdá), matou um soldado americano e feriu três.
Em Najaf, um assessor do clérigo radical xiita Moqtada al Sadr
afirmou que os combatentes do
Exército Mehdi porão fim à sua
presença militar em Najaf e Karbala se os militares americanos
deixarem as cidades sagradas.
Festa dos "maus"
Os EUA negaram novamente
ter atacado um alvo civil na última quarta-feira, em uma região
desértica do Iraque. Segundo as
autoridades locais, as bombas,
que mataram 45 pessoas, atingiram uma festa de casamento.
"Más pessoas também fazem
festas", disse o general Mark Kimmit, reafirmando que a casa atingida era um abrigo usado por
combatentes estrangeiros.
Com agências internacionais
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