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Retomada da violência sectária no Líbano mata 4
Conflito opôs facções sunitas pró-governo e milícias ligadas ao grupo Hizbollah
Confrontos, ocorridos em Trípoli, são causados por divergências partidárias sobre composição de novo governo de união nacional
DA REDAÇÃO
Confrontos no norte do Líbano entre facções anti e pró-governo deixaram ontem quatro
mortos e 33 feridos.
A retomada das hostilidades
ameaça a paz entre facções libanesas assinada no mês passado com a promessa entre as facções de formarem um governo
de unidade nacional após um
semestre de violência.
Quatro dias depois de combates que deixaram três mortos
- entre os quais uma professora brasileira- no leste do país,
desta vez o palco da violência
foi Trípoli, principal cidade no
norte do Líbano.
Os conflitos, que começaram
ao amanhecer em circunstâncias não esclarecidas, opuseram grupos sunitas partidários
da maioria governista pró-Ocidente e militantes alauitas, facção xiita dissidente mas fiel ao
oposicionista Hizbollah, apoiado por Irã e Síria.
Entre os mortos estão três civis e um policial, que foi atingido na cabeça por um disparo.
Os feridos foram levados para
vários hospitais de Trípoli.
Segundo uma alta fonte da
inteligência militar, o tiroteio
se encerrou perto do meio-dia,
pouco depois da chegada à região do Exército libanês. Até o
fechamento desta edição, ainda
era possível ouvir o barulho de
tiros, enquanto o Exército tentava acalmar a situação.
A violência surge um mês depois de um acordo obtido graças à mediação do Qatar que
encerrou sete meses da mais
grave crise que assolou o país
desde a Guerra civil (1975-1990).
O acordo permitiu a eleição
pelo Parlamento do general
Michel Suleiman ao cargo de
presidente, que estava vago
desde novembro do ano passado, e selou as bases para a composição de um novo gabinete -
no qual a oposição xiita tem poder de veto sobre decisões do
governo de maioria sunita.
Mas a tensão vem aumentando porque as facções não conseguem chegar a um acordo sobre a repartição das pastas. O Hizbollah, por exemplo, não
abre mão de comandar o ministério das Relações Exteriores.
Com agências internacionais
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