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IRAQUE
Bagdá aprova lei eleitoral apesar de boicote curdo
DA REDAÇÃO
Após longo impasse, o Parlamento iraquiano aprovou
ontem uma lei para reger as
eleições provinciais no país.
O texto prevê as diretrizes do
pleito e determina que a votação deve acontecer até 31
de dezembro próximo.
No entanto, legisladores
curdos boicotaram a votação, o que pode impedir a ratificação da lei pelo presidente Jalal Talabani, ele próprio
curdo. Por causa do embate,
especula-se que o pleito não
aconteça no prazo previsto.
"Não adianta ter uma votação boicotada por toda uma
facção. Esse voto foi inútil e
será rejeitado pelo presidente", afirmou um porta-voz da
maioria parlamentar xiita.
Apoiado por Washington,
o sufrágio é considerado vital
para a reconciliação dos três
principais grupos étnico-confessionais do país -iraquianos de etnia curda, árabes xiitas (majoritários) e
árabes sunitas, cujos representantes boicotaram as
eleições provinciais de 2005.
A aprovação do projeto vinha sendo adiada devido à
disputa sobre como será a
votação na cidade multiétnica de Kirkuk. Os curdos alegam que a cidade deveria
pertencer à semi-autônoma
região do Curdistão, enquanto os árabes defendem que
ela permaneça sob a autoridade do governo central.
Também ontem, o premiê
britânico, Gordon Brown,
anunciou que no início de
2009 fará novos cortes no
contingente de soldados britânicos no Iraque, hoje com
4.100 militares -eram 8.500
na invasão, em 2003. Os últimos planos de retirada foram adiados devido ao aumento da violência no sul.
Com agências internacionais
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