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União Européia adotará novas sanções contra o Irã
Punição pode ser revertida a programa de incentivos se país deixar de enriquecer urânio
Teerã responde que alta do petróleo a faz menos frágil; medidas incluem congelar depósitos e negar vistos a quem lide com ação nuclear
DA REDAÇÃO
A União Européia aprovou
ontem um novo pacote de sanções contra o Irã, em resposta à
não-interrupção de seu programa de enriquecimento de urânio. Entre as medidas está o
congelamento dos depósitos do
banco Melli e a proibição de
vistos para altos funcionários
envolvidos no parque nuclear e
na produção de mísseis.
Será publicada hoje a lista
com os nomes desses funcionários, que não poderão entrar
nos 27 países do bloco.
Ao anunciar as sanções, os
ministros europeus reunidos
em Luxemburgo assinalaram
que "as portas permanecem
abertas" para Teerã negociar a
suspensão do enriquecimento
de urânio, em troca de prometidos incentivos -tecnologia
agrícola, aviões civis e equipamentos nucleares "limpos".
Esses incentivos foram apresentados há dias, em Teerã, pela Alemanha e pelos membros
permanentes do Conselho de
Segurança da ONU (EUA,
França, Reino Unido, Rússia e
China), por meio de Javier Solana, responsável pela diplomacia da União Européia.
Um alto funcionário europeu
disse à Reuters que o bloco
prossegue na política do "morde e assopra", praticada desde
as primeiras suspeitas de que o
Irã queria chegar à bomba.
O banco Melli, com filiais em
Paris, Londres e Hamburgo,
funciona como fiador em operações de importação iranianas. Ao congelar seus ativos, as
importações daquele país tendem a ficar mais caras, diz o
analista Said Laylaz.
O semanário iraniano
"Shahrvand-e Emrooz" informou que o Irã havia retirado
US$ 75 bilhões de suas reservas
em bancos europeus, deslocando-as para bancos asiáticos. O
Ministério das Finanças negou
em Teerã tal movimentação.
As novas sanções foram objeto de reações de desdém por
parte do governo iraniano. O
Ministério do Petróleo afirma
que, com a alta do barril, o país
está hoje exportando US$ 6 bilhões de óleo cru por mês, o que
o torna menos vulnerável.
Com essas sanções e as anteriores (três do Conselho de Segurança e outras dos EUA), a
parte dos fornecedores europeus nas importações iranianas
caiu pela metade nos últimos
cinco anos, para até 30%.
Com agências internacionais
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