São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2008

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Em Israel, bloco trabalhista quer dissolver Parlamento

Se aprovada, medida levará a eleições antecipadas

DA REDAÇÃO

A facção do Partido Trabalhista israelense liderada pelo ministro da Defesa, Ehud Barak, votará amanhã em primeira leitura a moção para dissolver o Knesset, o Parlamento unicameral, o que levaria a antecipar as eleições legislativas.
Mas outras lideranças trabalhistas opõem-se à iniciativa, que Barak justifica pela necessidade de desalojar do governo o premiê Ehud Olmert, investigado por corrupção eleitoral.
As demais votações da moção deverão ocorrer antes do recesso parlamentar, em julho. Não está claro se o grupo do ministro da Defesa conseguirá votos suficientes para colocar o gabinete em minoria. Ontem, o Shas, pequeno partido do bloco de governo, anunciou que poderá apoiar Barak.
Alguns trabalhistas argumentam que convocar eleições legislativas favoreceria o Likud, partido da direita, e os planos de seu líder, o intransigente Benjamin Netanyahu, de voltar à chefia do governo.
Olmert, que pertence ao principal partido israelense, o Kadima, tem negado as acusações. Mas sua gestão sofreu desgaste por investigações anteriores e por sua imperícia ao conduzir, em 2006, o confronto do Exército com a milícia islâmica do Hizbollah, no Líbano.
Em maio, Barak havia dado o prazo até 25 de junho para que Olmert deixasse o cargo. A deputada Yuli Tamir, que é também ministra da Educação, disse, no entanto, que esse ultimato só poderia ser lançado pela direção trabalhista, e não por Barak, em iniciativa pessoal.
Desde domingo, Olmert ameaça demitir ministros trabalhistas que se associem à moção. "Chega de joguinhos, há limite para as armações de Barak", disse um aliado do premiê ao jornal "Haaretz".
Quando da primeira ameaça de Barak, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse ser um problema de Israel. Mas seus assessores se apressaram em dizer que a queda de Olmert poria novos obstáculos à paz.


Com agências internacionais


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