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Em Israel, bloco trabalhista quer dissolver Parlamento
Se aprovada, medida levará a eleições antecipadas
DA REDAÇÃO
A facção do Partido Trabalhista israelense liderada pelo
ministro da Defesa, Ehud Barak, votará amanhã em primeira leitura a moção para dissolver o Knesset, o Parlamento
unicameral, o que levaria a antecipar as eleições legislativas.
Mas outras lideranças trabalhistas opõem-se à iniciativa,
que Barak justifica pela necessidade de desalojar do governo
o premiê Ehud Olmert, investigado por corrupção eleitoral.
As demais votações da moção
deverão ocorrer antes do recesso parlamentar, em julho. Não
está claro se o grupo do ministro da Defesa conseguirá votos
suficientes para colocar o gabinete em minoria. Ontem, o
Shas, pequeno partido do bloco
de governo, anunciou que poderá apoiar Barak.
Alguns trabalhistas argumentam que convocar eleições
legislativas favoreceria o Likud,
partido da direita, e os planos
de seu líder, o intransigente
Benjamin Netanyahu, de voltar
à chefia do governo.
Olmert, que pertence ao
principal partido israelense, o
Kadima, tem negado as acusações. Mas sua gestão sofreu
desgaste por investigações anteriores e por sua imperícia ao
conduzir, em 2006, o confronto
do Exército com a milícia islâmica do Hizbollah, no Líbano.
Em maio, Barak havia dado o
prazo até 25 de junho para que
Olmert deixasse o cargo. A deputada Yuli Tamir, que é também ministra da Educação, disse, no entanto, que esse ultimato só poderia ser lançado pela
direção trabalhista, e não por
Barak, em iniciativa pessoal.
Desde domingo, Olmert
ameaça demitir ministros trabalhistas que se associem à moção. "Chega de joguinhos, há limite para as armações de Barak", disse um aliado do premiê
ao jornal "Haaretz".
Quando da primeira ameaça
de Barak, o presidente da Autoridade Nacional Palestina,
Mahmoud Abbas, disse ser um
problema de Israel. Mas seus
assessores se apressaram em
dizer que a queda de Olmert
poria novos obstáculos à paz.
Com agências internacionais
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