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EPIDEMIA
Projeto prevê mais exames em aeroportos e oficializa o impedimento da entrada de pessoas infectadas naqueles países
Ministros asiáticos aprovam plano de combate à Sars
DA REDAÇÃO
Ministros da Saúde da região
leste da Ásia definiram algumas
estratégias comuns de combate à
Sars (síndrome respiratória aguda grave) em encontro ocorrido
ontem na Malásia.
Em Pequim, centenas de médicos e enfermeiros foram obrigados a dormir nos hospitais onde
trabalham devido à quarentena
imposta a dois centros médicos
na capital da China, o país mais
atingido pela doença.
Especialistas em medicina de
Cingapura e do Canadá -países
seriamente atingidos pela doença- questionaram o uso que
Hong Kong (China) tem feito de
um coquetel de remédios para o
tratamento da pneumonia asiática. Segundo um dos especialistas,
o coquetel poderia até mesmo estar prejudicando os pacientes.
O plano aprovado pelos ministros reunidos em Kuala Lumpur
determina a intensificação dos
exames realizados em passageiros
de aeroportos e portos marítimos
internacionais, a proibição da entrada naqueles países de viajantes
com sintomas da Sars e o requerimento de formulários de saúde de
visitantes de países afetados.
A Sars já foi espalhada para
mais de 20 países por passageiros
de vôos internacionais desde que
começou a surgir no sul da China
no final do ano passado.
Ontem, oficiais de saúde de
Hong Kong reportaram 17 novos
casos de Sars enquanto a Índia detectou cinco novos casos da doença. Teme-se que a doença se espalhe rapidamente pela população
indiana de mais de 1 bilhão de
pessoas, a maior parte sem assistência médica adequada.
A China, onde a epidemia é
mais grave, teve sete novos óbitos
ontem, e o ministro da Saúde chinês, Zhang Wenkang, cuja demissão já havia sido anunciada na semana passada, deixou o cargo por
ter minimizado a gravidade do
surgimento da doença.
No Canadá, mais uma morte foi
registrada ontem. Já foram contabilizadas 20 vítimas no país, a
maior parte em Toronto.
Oficiais da imigração do Sudão
impediram ontem a entrada de 72
chineses no aeroporto internacional de Cartum (capital) por temer
que algum deles estivessem contaminados.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma possível vacina para a chamada pneumonia
asiática poderia levar anos para ficar pronta. A síndrome já fez pelo
menos 294 vítimas fatais no mundo até agora e infectou cerca de
5.000 pessoas.
Com agências internacionais
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