|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Explosões na Índia matam ao menos 29 e ferem dezenas
Ataques na sexta já haviam matado dois no país
DA REDAÇÃO
Uma série de explosões atingiu movimentadas áreas da cidade de Ahmedabad, capital do
Estado indiano de Gujarat
(oeste) na noite de ontem, deixando ao menos 29 mortos e ferindo mais de 88 pessoas, algumas delas com gravidade.
As explosões ocorreram em
oito áreas da cidade, entre elas
um popular mercado de diamantes e um ônibus. Em Nova
Déli, o secretário do Interior,
Madhukar Gupta, afirmou terem sido entre 13 e 14 as explosões -horas antes, autoridades
locais falavam em 17 ataques.
Na véspera, a cidade de Bangalore, no Estado de Karnataka
(sudoeste) fora alvo de explosões múltiplas, que mataram
duas pessoas.
Algumas das bombas em Ahmedabad foram colocadas em
bicicletas e detonadas à distância, como ocorreu em maio em
Jaipur, onde 65 pessoas morreram. Canais de TV indianos
disseram ter recebido um e-mail em que a organização Mujahideen Indianos assume a autoria dos atentados.
"É lamentável. Estamos surpresos que, apesar das fortes
medidas de segurança tomadas
depois dos ataques de ontem
em Bangalore, tenham ocorrido essas explosões", disse o vice-ministro do Interior, Shakeel Ahmed. "Parece faltar
coordenação entre os serviços
de inteligência federais e os
agentes locais de polícia."
Tensão religiosa
Outro membro do gabinete
indiano, Prithviraj Chavan,
considerou as explosões obra
de pessoas que "querem criar
divisão entre as comunidades
do país". O ministro do Interior, Shivraj Patil, disse que
"elementos antinacionalistas
estão tentando criar pânico".
Os Estados atingidos pelos
atentados de ontem e sexta são
governados pelo partido nacionalista hindu Bhararatiya Janata. Ahmedabad é um dos
principais áreas de conflito entre hindus e a minoria muçulmana na Índia. Em 2002, enfrentamentos entre os dois grupos levaram à morte de mais de
mil pessoas na região.
O governo indiano suspeita
que militantes islâmicos do Paquistão e de Bangladesh estejam por trás dos ataques.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Cuba: Raúl Castro fala aos cubanos em data simbólica Próximo Texto: Populações deslocadas expõem fraturas de Timor Índice
|