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ÁFRICA
Seqüestradores de vôo rendem-se na Líbia
DA REDAÇÃO
Dois homens de Darfur
que haviam seqüestrado
um avião comercial sudanês renderam-se ontem
numa pista de vôo no oásis
de Kufra, Líbia. Nenhum
dos 95 reféns foi ferido.
Os seqüestradores identificaram-se como membros do Movimento de Libertação do Sudão (SLM) e disseram que queriam reunir-se em Paris
com seu líder, Abdel Wahid Mohammed Nur -que
desmentido qualquer involvimento. O movimento
é um dos grupos rebeldes
de Darfur que desde 2003
lutam contra o governo
sudanês por considerar
que Cartum favorece a população árabe da região.
"Sua primeira demanda
foi a França. Depois, negociaram exílio na Líbia",
disse Mohammed al Balla
Othman, cônsul do Sudão
em Kufra.
Segundo Murtada Hassan, diretor executivo da
empresa aérea Sun Air,
proprietária do avião, os
motivos do seqüestro
eram "pessoais".
Entre os passageiros estavam antigos rebeldes
que se tornaram membros
da Autoridade Transitória
de Darfur, um órgão de governo ínterim responsável
pela implementação de
um acordo de paz de 2006
entre o governo sudanês e
uma facção rebelde.
O presidente sudanês
Omar Hassan al Bashir,
que pediu à Líbia que não
permitisse a decolagem do
avião, qualificou o seqüestro de "ação terrorista barata". Ainda assim, funcionários do governo disseram ser provável que o acidente exacerbe a tensão
com grupos rebeldes. Bashir é acusado formalmente o promotor da Corte
Criminal Internacional o
acusou formalmente de
genocídio.
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