São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2011 |
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Israel anuncia construções na parte leste de Jerusalém Palestinos condenam; EUA veem provocação DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Israel autorizou ontem a construção de mais 1.100 casas em Jerusalém Oriental. O anúncio foi criticado pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e aumentou as tensões entre israelenses e palestinos, que na semana passada solicitaram oficialmente seu ingresso na ONU. O Ministério do Interior de Israel informou que as novas casas serão construídas em Gilo, enclave judeu com cerca de 50 mil habitantes na região sudeste de Jerusalém, próximo à cidade de Belém. Os palestinos, que reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado, condenaram imediatamente a medida. Para o negociador Saeb Erekat, ela equivale a "1.100 'nãos' à retomada das negociações de paz", paradas há três anos. Hillary afirmou que os novos assentamentos prejudicam o esforço por um diálogo direto entre israelenses e palestinos e pediu aos dois lados que se abstenham de "ações provocativas". União Europeia e ONU também se disseram desapontadas. Em entrevista, o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, negou totalmente a possibilidade de congelar os assentamentos, condição palestina para o diálogo. Netanyahu alega que, em 2010, a suspensão de novas construções por dez meses não surtiu efeito. A presença de colonos israelenses na Cisjordânia e na parte leste de Jerusalém -regiões que, assim como Gaza, foram anexadas por Israel em 1967, depois da Guerra dos Seis Dias- é vista como um dos maiores entraves a um Estado palestino na região. Atualmente, moram em Jerusalém Oriental cerca de 200 mil judeus -em áreas que os israelenses chamam de bairros e os palestinos classificam como assentamentos- e 250 mil pessoas de origem árabe. Segundo Meir Margalit, um dos membros da Câmara Municipal de Jerusalém contrários a construções na região leste da cidade, o aval inicial para as novas casas em Gilo foi dado há cerca de um ano. Margalit afirmou não ver na medida um obstáculo ao processo de paz, uma vez que a área já é ocupada por judeus e, em eventual acordo, deve permanecer com Israel. O vereador diz, porém, que o ministro do Interior, Eli Yishai, fez o anúncio oficial agora como represália à reivindicação palestina na ONU. Procurado pela agência Associated Press, Yishai não quis conceder entrevista. Texto Anterior: Hamas evoca luta armada pela criação da Palestina Próximo Texto: Morales suspende estrada, mas não detém crise política Índice | Comunicar Erros |
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