São Paulo, segunda-feira, 29 de março de 2010

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Aliados pressionam premiê de Israel

Partido Trabalhista pode deixar governo de Netanyahu por descontentamento com negociações de paz

DO "FINANCIAL TIMES"

O governo de direita do premiê israelense Binyamin Netanyahu enfrentou ontem novas pressões internas devido ao fracasso das negociações de paz com palestinos.
Em entrevista a uma rádio local, Isaac Herzog, ministro do Bem-Estar e dos Serviços Sociais, afirmou que o Partido Trabalhista -do qual faz parte- planeja reunir-se em abril para discutir a possibilidade de deixar a coalizão de Netanyahu.
"Se não houver uma mudança clara de política que leve a um real processo de paz [...], será necessário decidir se há alguma utilidade em continuar no governo", afirmou Herzog.
A declaração, não isolada, se insere no contexto que levou dois outros ministros do Partido Trabalhista a, no sábado, dizerem ao "Jerusalem Post" que o governo de Netanyahu "precisa imediatamente incluir o Kadima em sua coalizão".
O Kadima, partido de centro liderado por Tzipi Livni -ex-ministra de Relações Exteriores de Israel-, é a favor das negociações de paz com palestinos e atualmente não tem nenhum ministro no governo.
Os problemas na coalizão de Netanyahu têm surgido conforme aumenta a tensão com o governo de Barack Obama. Os governos discordam a respeito das construções de assentamentos em Jerusalém Oriental, criticadas por Washington.

Páscoa
Também ontem Israel foi alvo de críticas ao impedir o acesso de palestinos vindos da Cisjordânia a caminho de Jerusalém para as comemorações do Domingo de Ramos.
Em protesto, 200 pessoas se reuniram em Belém e caminharam rumo à fronteira dos territórios ocupados. Ali, 15 pessoas foram detidas por autoridades israelenses, entre elas Abas Zaki, do comitê central do Fatah -partido palestino fundado por Iasser Arafat.
Neste ano, a Páscoa cristã coincide com a judaica. Israel justifica os bloqueios alegando questões de segurança.


Com agências internacionais


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