DA REDAÇÃO

Ataques unilaterais dos EUA em território paquistanês são inadmissíveis, afirmou ontem o primeiro-ministro Raza Yousaf Gilani, após encontro com o presidente George W. Bush na Casa Branca. Horas antes, um míssil explodira, matando supostos extremistas na região da fronteira afegã. A força da Otan liderada pelos Estados Unidos não confirma envolvimento no ato.
Após uma série de atritos na fronteira e críticas de altos funcionários americanos ao modo como o aliado vem conduzindo o combate ao terrorismo, Bush minimizou as divergências. O Paquistão é um "forte aliado e uma democracia vibrante", afirmou Bush, que apoiara, a partir de 2001, o regime militar comandado pelo general Pervez Musharraf -atual presidente civil, isolado após derrota nas eleições deste ano.
O presidente americano elogiou também o "forte compromisso" de Gilani na luta contra os extremistas. Há quatro meses no cargo, o premiê paquistanês iniciou diálogo com líderes tribais e religiosos na conturbada Província de Fronteira Noroeste e zonas tribais adjacentes, mas manteve a aliança com os EUA, reiterada ontem em Washington.