|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRAGÉDIA
Equipes de resgate de naufrágio de ferry perde esperanças de achar sobreviventes, mortos devem passar de 700
Senegal não espera mais por sobreviventes
DA REDAÇÃO
Autoridades senegalesas anunciaram ontem que praticamente
não havia esperanças de que houvesse mais sobreviventes do naufrágio do ferry Joola, que aconteceu durante uma tempestade na
costa sul do Senegal (oeste da
África) na quinta-feira.
Pesqueiros e navios militares
continuavam a resgatar corpos de
um dos piores acidentes com ferries da África. Estima-se que mais
de 730 pessoas tenham morrido.
"Já não temos mais nada o que
fazer no porto, só vão chegar
mortos", disse ontem uma pessoas ligada às equipes de resgate.
Segundo as autoridades portuárias, o Joola tinha capacidade para
550 passageiros, mas levava cerca
de 800 pessoas. Mergulhadores
retiravam ontem os corpos de vítimas ainda presas no barco.
Até o momento, apenas 62 pessoas foram resgatadas com vida,
todas nas primeiras horas após o
acidente -35 foram levadas a
hospitais de Senegal e 27, para
hospitais na vizinha Gâmbia.
"O ferry afundou tão rápido. Foi
inacreditável. Em apenas três minutos, ele sumiu", afirmou o senegalês Moussa Ndong, um dos
sobreviventes. "Foi horrível. Ouvíamos as pessoas gritando."
O Joola passou por uma revisão
técnica na semana passada, poucos dias após voltar a navegar, depois de um ano em reparos.
Quando o barco, que pertence ao
Estado, reiniciou seus serviços, os
ministros dos Transportes e da
Defesa do país estiveram a bordo.
O presidente Abdoulaye Wade
ordenou uma investigação para
apurar as causas do acidente.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Pacifista israelense quer virar soldado Próximo Texto: Panorâmica - Sérvia: Pesquisa mostra empate em eleição presidencial Índice
|