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AÇÃO MILITAR
Desabastecimento compromete ofensiva; atentado mata 4 e Iraque promete mais
Oficial fala em pausa; comando nega
DA REDAÇÃO
Um ataque suicida com um carro-bomba matou quatro soldados
norte-americanos ontem em Najaf (região central do Iraque), segundo informações do comando
central de operações dos EUA.
O ataque ocorreu em um posto
de controle da coalizão em uma
rodovia ao norte de cidade, considerada sagrada pelos muçulmanos xiitas. De acordo com agências de notícias, um táxi parou no
posto e seu ocupante pediu auxílio. Quando os militares americanos se aproximaram do veículo,
ele explodiu. Foi o primeiro ataque suicida contra forças anglo-americanas desde que a invasão
ao Iraque teve início, dia 20 passado. O Iraque vem usando táticas
de guerrilha para tentar enfrentar
a supremacia militar inimiga.
Em Bagdá, o vice-presidente
iraquiano, Taha Yassin Ramadan,
identificou o suicida como sendo
Ali Jaafar al Namani, um membro
do Exército iraquiano. E disse que
os ataques suicidas vão se tornar
""estratégia militar rotineira".
""Qualquer método que pare ou
mate nosso inimigo será usado",
disse Radaman. De acordo com a
TV iraquiana, Saddam Hussein
teria condecorado o suicida com
medalhas póstumas.
Serviços de inteligência dos
EUA teriam alertado sobre a possibilidade de ataques suicidas.
Dissidentes iraquianos sustentaram que Saddam abriu um campo de treinamento para voluntários árabes que se dispusessem a
tomar parte em atentados suicidas contra as tropas invasoras. Fita divulgada antes da guerra, supostamente gravada por Osama
bin Laden, o terrorista saudita
responsável pelo ataques de 11 de
setembro, convocava os iraquianos a empregar esse tipo de tática.
Em entrevista há dez dias, o
chanceler Naji Sabri disse aos iraquianos que centenas de ""mártires árabes foram treinados para a
batalha contra o inimigo".
Pressionados pelas emboscadas
e pelos problemas no suprimentos de munições, combustíveis e
alimentação, os EUA teriam ordenado uma pausa de entre quatro a
seis dias no avanço de suas tropas
rumo ao norte (a Bagdá), segundo
informaram comandantes militares citados pela agência Reuters.
Em ao menos uma unidade teria
ocorrido racionamento de comida. O número de refeições diárias
teria sido limitado a um.
Uso de veículos blindados, que
consomem enorme quantidade
de diesel, e até mesmo o de baterias dos rádios usados pelos soldados, estariam sendo limitados.
A água não figuraria ainda entre
os itens racionados.
O comando central de operações dos EUA negou a ocorrência
da pausa. Mas oficiais informaram que uma divisão aerotransportada chegou ontem a uma base em Nassiriah (a sudeste de Bagdá) para tentar proteger as linhas
de suprimentos das tropas mais
avançadas. Soldados americanos
estariam revistando casas na região à procura de milicianos iraquianos que se disfarçam de civis.
Em Najaf, os norte-americanos
teriam iniciado a abertura de um
campo de pouso para receber cargueiros C-130 -que facilitariam
a entrega de materiais e comida.
Novos combates foram travados em Umm Qasr, extremo sul
do Iraque e que a coalizão anunciara como área controlada, um
dia depois de os britânicos começarem a usar o porto para o desembarque de ajuda humanitária.
Mas a resistência iraquiana disparou tiros de canhão ontem contra
posições anglo-americanas.
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