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Civis iraquianos dão comida a marines
DA FRANCE PRESSE
Com as provisões de ração alimentar se esgotando, soldados
norte-americanos aceitaram comida oferecida por civis iraquianos que fugiam dos combates na
região central do país, sob o risco
de serem envenenados.
Os soldados, que pertenciam a
uma divisão avançada dos marines, sofriam havia dois dias com a
falta de água e de alimentos, após
terem ficado isolados dos comboios de abastecimento.
A divisão estava estacionada a
250 km ao sul de Bagdá, aguardando víveres, depois de ter avançado três dias em meio a violentos
combates.
Foi então que dois ônibus de civis iraquianos passaram pelo
acampamento norte-americano,
conta o sargento Kenneth Wilson,
que fala árabe.
Pelas janelas, as mulheres entregaram aos soldados parte de seus
alimentos, que consistia de "carneiros, frangos, ovos cozidos e
mingau", afirmou Wilson.
"Eles nos deram ovos e mingau.
Acho que a população local nos
agradece e quer ver a queda de
Saddam Hussein. Foi um gesto
muito bonito", afirmou o soldado
Tony García.
Enquanto os soldados se lançavam sobre a comida, um médico
tentava alertá-los, sem sucesso,
para o perigo de envenenamento.
Pentágono nega
Mas, em uma entrevista coletiva, o porta-voz do Pentágono, o
general Stanley McChrystaral, negou que as tropas da coalizão anglo-americanas estejam sofrendo
com desabastecimento. "Não há
nenhum tipo de problema de fornecimento (...). A água, a comida
e as munições estão sendo entregues normalmente."
Em dez dias de guerra, esse foi
um dos primeiros encontros entre essa divisão e civis iraquianos.
Alguns grupos se aproximam dos
comboios agitando bandeiras
brancas. Porém, em geral, os militares americanos têm se mantido
distantes dos civis por medo de
atentados.
As emboscadas e os ataques diários das forças iraquianas interromperam as linhas de fornecimento, prejudicando os marines,
que avançavam rapidamente.
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