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Crise em Timor leva 1/5 da população a fugir da capital
Após 27 mortes, presidente Xanana Gusmão pede fim da violência e promete apresentar hoje solução para conflito
Violência faz embaixada brasileira transferir os 30 professores que estavam no país para a Austrália por tempo indeterminado
DA REDAÇÃO
Após 27 mortes nos últimos
dias, calcula-se que 20% da população da capital de Timor
Leste tenha deixado a cidade
em meio ao conflito entre o
Exército e soldados rebelados.
Em decorrência da violência,
a Embaixada do Brasil em Dili
informou a transferência dos
30 professores brasileiros bolsistas da Capes (Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior) que estavam
no país. Eles foram deslocados
para Darwin, no norte da Austrália, "onde deverão aguardar
até que a situação interna em
Timor Leste permita o reinício
de suas atividades", segundo
nota divulgada pela embaixada.
Apesar do medo disseminado
entre os timorenses, Dili viveu
ontem um dia de relativa calma. Os 2.500 soldados estrangeiros, em sua maioria australianos, conseguiram desarmar
parcialmente as gangues que
aproveitavam a crise para saquear mercados e incendiar casas no fim de semana.
Amedrontados, os moradores aproveitaram a diminuição
da violência para deixar a capital, que tem cerca de 250 mil
habitantes. Mais de 50 mil pessoas já saiu da cidade, de acordo
com estimativas da ONU divulgadas pela rede de TV CNN.
Solução
O presidente de Timor Leste,
Xanana Gusmão, prometeu
apresentar hoje uma solução
para a crise da última semana.
Ontem, ele se reuniu com o primeiro-ministro, Mari Alkatiri.
Com um cargo mais figurativo, Gusmão, herói da independência de Timor, pediu calma
aos rebeldes: "Parem de lutar,
vocês estão dividindo a nação".
O presidente foi aplaudido
por manifestantes, que pediam
a renúncia do premiê em frente
ao palácio do governo.
Com agências internacionais
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