São Paulo, terça-feira, 30 de maio de 2006

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Crise em Timor leva 1/5 da população a fugir da capital

Após 27 mortes, presidente Xanana Gusmão pede fim da violência e promete apresentar hoje solução para conflito

Violência faz embaixada brasileira transferir os 30 professores que estavam no país para a Austrália por tempo indeterminado

DA REDAÇÃO

Após 27 mortes nos últimos dias, calcula-se que 20% da população da capital de Timor Leste tenha deixado a cidade em meio ao conflito entre o Exército e soldados rebelados.
Em decorrência da violência, a Embaixada do Brasil em Dili informou a transferência dos 30 professores brasileiros bolsistas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) que estavam no país. Eles foram deslocados para Darwin, no norte da Austrália, "onde deverão aguardar até que a situação interna em Timor Leste permita o reinício de suas atividades", segundo nota divulgada pela embaixada.
Apesar do medo disseminado entre os timorenses, Dili viveu ontem um dia de relativa calma. Os 2.500 soldados estrangeiros, em sua maioria australianos, conseguiram desarmar parcialmente as gangues que aproveitavam a crise para saquear mercados e incendiar casas no fim de semana.
Amedrontados, os moradores aproveitaram a diminuição da violência para deixar a capital, que tem cerca de 250 mil habitantes. Mais de 50 mil pessoas já saiu da cidade, de acordo com estimativas da ONU divulgadas pela rede de TV CNN.

Solução
O presidente de Timor Leste, Xanana Gusmão, prometeu apresentar hoje uma solução para a crise da última semana. Ontem, ele se reuniu com o primeiro-ministro, Mari Alkatiri.
Com um cargo mais figurativo, Gusmão, herói da independência de Timor, pediu calma aos rebeldes: "Parem de lutar, vocês estão dividindo a nação".
O presidente foi aplaudido por manifestantes, que pediam a renúncia do premiê em frente ao palácio do governo.


Com agências internacionais


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