São Paulo, sábado, 30 de agosto de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Indicada já foi miss, jogou basquete e é hoje mãe de cinco

DO ENVIADO A DENVER

Pela intensidade e a força com que defendia o time de basquete de sua escola, em Wasilla, no Alasca, ela ganhou um apelido: "Sarah Barracuda". Na final do campeonato interescolas de 1982 daquela cidade de 8.500 habitantes, na região de Anchorage, a capitã Sarah Palin converteu um lance livre que se tornaria crucial para a vitória do time. Fez o ponto com o tornozelo machucado.
Pelo menos é o que conta a fotojornalista Kaylene Johnson, que lançou em maio a biografia da hoje candidata a vice-presidente na chapa republicana, "Sarah - How a Hockey Mom Turned Alaska's Political Establishment Upside Down" (Sarah - Como Uma "Mãe do Hóquei" Virou de Ponta-Cabeça o Establishment Político do Alaska, sem tradução para o português, Epicenter Press).
A cidadezinha e a paixão pelos esportes ajudam a entender um pouco mais de uma figura que até ontem era virtualmente desconhecida fora do ambiente político do Alasca, o terceiro menos populoso dos 50 Estados norte-americanos, entre os de menor peso político e um dos dois não contíguos do país -o outro é o Havaí, onde nasceu Barack Obama.
Sarah Louise Heath Palin nasceu em Sandpoint, no Idaho, filha de um professor de ciência e uma secretária, e mudou-se criança para Wasilla. Ali, seria eleita Miss Wasilla, em 1984, e ficaria em segundo no concurso de Miss Alasca, o que lhe valeu uma bolsa de estudos que ela usou para se formar em jornalismo. Depois de uma breve passagem por uma TV local, entrou na política.
Foi primeiro o equivalente local a vereadora de Wasilla por dois mandatos. Então, seria eleita prefeita da cidade por outros dois mandatos, de 1996 a 2002. Naquele ano, perdeu a eleição para vice-governadora. Quatro anos depois, surpreenderia a política local ao vencer o governo do Estado.
A partir de 1996, começou a ganhar fama local por uma plataforma que prometia reformar a maneira com que a política local era feita, ponto em comum com John McCain que a teria ajudado a ser escolhida pelo senador. Relatos de ontem à tarde, no entanto, dão conta que os dois haviam se encontrado apenas uma vez antes da reunião em que ele a convidou.
Palin tem divergências com o senador em algumas questões, a mais importante delas quanto à necessidade de explorar petróleo no Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico, que ela defende, enquanto McCain é contra. O Estado é o segundo maior fornecedor de petróleo cru do país.
Casada com Todd Palin, que tem ascendência esquimó e trabalhou numa petrolífera, ela tem cinco filhos, o mais velho dos quais deve ser enviado ao Iraque no dia 11 de setembro deste ano. Protestante, descobriu durante a gravidez do mais novo, nascido em 28 de abril desde ano, que ele teria síndrome de Down.
Ela admitiu ter fumado maconha quando o porte de pequenas quantidades da droga era legal no Alasca, mas disse que não gostou e não fuma mais. Caçadora, gosta de hambúrguer de alce. (SD)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Americanas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.