São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 2011 |
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Amorim 'relança' cooperação com Bolívia Objetivo de visita é colaboração militar para monitorar fronteira; 80% da cocaína que entra no Brasil vem do país vizinho Inclusão dos EUA em acordo para monitorar o cultivo da folha de coca é descartada, por desconfiança boliviana FLÁVIA MARREIRO DE CARACAS O ministro Celso Amorim faz hoje sua primeira visita à Bolívia como titular da Defesa com agenda centrada na segurança da fronteira -especialmente monitoramento do tráfico aéreo- e no combate ao narcotráfico. A visita de Amorim, que assumiu a pasta em agosto, tem o objetivo de enviar uma mensagem política. Na avaliação de Brasília, é preciso "relançar" a cooperação militar bilateral após os últimos anos de distanciamento, provocados, entre outros elementos, pela maior proximidade da Bolívia com Cuba e Venezuela. O ministro terá reuniões com seu colega da Defesa, Rubén Saavedra, e com o chanceler David Choquehuanca. Encontro com o presidente Evo Morales ainda não foi confirmado. O Brasil deseja aprofundar o intercâmbio de inteligência militar e tornar eficaz o frágil monitoramento da fronteira, gargalo no combate ao narcotráfico, com uso compartilhado de radares e veículos aéreos não tripulados. De acordo com a Polícia Federal, mais de 80% da cocaína que entra no Brasil é proveniente da Bolívia. CONVÊNIO ANTIDROGAS Nas próximas semanas, o governo brasileiro espera assinar com a Bolívia convênio antidrogas para monitorar o cultivo de folha de coca, cuja negociação, no âmbito do Ministério da Justiça, se arrasta desde junho passado. A ideia de fazer um acordo tripartite, com a inclusão dos EUA, foi abandonada. Agora serão dois acordos bilaterais. O Brasil tentava há anos incluir os americanos em um pacto trilateral e lutava contra a desconfiança da Bolívia, que acusava os EUA de usarem o combate às drogas para interferir politicamente. O governo brasileiro diz que o "espírito" de cooperação tripartite foi mantido e que a divisão em dois documentos bilaterais se deve a questões técnico-jurídicas. Texto Anterior: Rubens Ricupero: Steve Jobs e o declínio americano Próximo Texto: Inflação de países ricos vai a nível pré-crise Índice | Comunicar Erros |
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