São Paulo, domingo, 04 de setembro de 2011


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Franquias migram para cidades de pequeno porte

Mais poder de compra e escassez de pontos nas capitais levam à mudança

Marcelo Camargo/Folhapress
Paula Pereira em frente ao consultório que abriu em Taguatinga, cidade-satélite do DF

MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO

A dentista Paula Pereira, 34, nasceu e cresceu em Brasília. Mas foi em Taguatinga, cidade-satélite da capital federal, que decidiu montar uma franquia de consultório, inaugurada no último dia 22.
"[Em Taguatinga,] há chance de ter movimento sem precisar ser conhecida", diz Pereira, sobre a escolha do ponto. Moradores do município entram na clínica para ver o local e pesquisar preço.
Em Brasília, o mercado está consolidado -"as pessoas ligam para os [consultórios] que conhecem", diz ela.
Na segunda semana de funcionamento da Sorridents em Taguatinga, a franqueada e o marido traçam planos para a região: abrir outras 19 unidades em diferentes cidades do Distrito
Federal. Em Brasília, frisa, quer abrir "apenas uma: a última".

FORA DO CENTRO
A aposta de montar franquia fora das capitais e em cidades de médio porte é estratégia comum a 66 redes consultadas em levantamento feito pela Folha.
O aumento do poder de compra dos brasileiros faz com que o mercado de cidades menores se amplie, justificam franqueadores.
Como a capacidade de investimento aumenta na mesma proporção, muitos empreendedores buscam as franquias, considera a especialista em varejo, franquia e gestão Angelina Stockler, da consultoria ba}Stockler.
A escolha pelo modelo de negócio, diz ela, deve-se à segurança. O franchising "tem taxa de mortalidade [de 1% ao ano,] abaixo do comum".
A migração para o interior também tem a ver com uma barreira: os pontos comerciais das capitais estão lotados e com fila de espera, segundo Batista Gigliotti, presidente da Fran Systems, consultoria de negócios.
Dados da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) confirmam. Em julho de 2011, a taxa de vacância (porcentagem de espaços vazios) de shoppings, mais comuns em grandes cidades, foi de 2%, a menor do ano.


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