São Paulo, domingo, 07 de julho de 2002


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ESTRATÉGIA

Para consultor, brasileiro negligencia o tema

Batizar marca requer boa idéia e pesquisa

FREE-LANCE PARA A FOLHA

De bebês a objetos, tudo precisa receber um nome para existir. Há quem acredite que o nome possa interferir na personalidade de quem o recebe. Convicções à parte, pelo menos quando o assunto é criação de marcas, a escolha pode determinar o sucesso do produto ou do serviço oferecido.
Segundo o consultor de "naming" José Roberto Martins, 42, autor do livro "Presságios - O Livro dos Nomes", da editora Alegro (R$ 39,90), apesar de o nome ser a propriedade mais valiosa da empresa, os empresários brasileiros ainda negligenciam a questão.
"Muitas empresas foram obrigadas a trocar de nome, pois não tiveram o cuidado de registrá-lo quando ainda eram pequenas."

Versão nacional
O problema é mundial. O banco espanhol BBVA, por exemplo, adotou no Brasil a sigla BBV porque já havia, no Rio de Janeiro, um banco com o mesmo nome.
Martins conta que, até meados dos anos 90, o nome era visto como "item de perfumaria". Hoje, com o aumento da concorrência, as empresas se preocupam mais em desenvolver a marca.
"O nome tem de ser coerente com a cara que se pretende dar ao produto. Não adianta vender qualidades que ele não possui."
Palavras fantasiosas, sem associação com a mercadoria, de acordo com Martins, exigem maiores investimentos em propaganda.
Um bom nome deve ser curto, fácil de memorizar e de pronunciar.
Além disso, não pode já ter sido registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). "Para checar se o nome é registrável, pesquise em um site de busca", diz Martins. No Inpi, um registro custa por volta de R$ 500.

Inpi: www.inpi.gov.br.

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