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Os meses de férias oferecem boas opções para quem quer ser selecionado por incubadoras de empresas
É tempo de se tornar um "incubado"
TATIANA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Somar um projeto inovador em
fase embrionária a uma infra-estrutura de baixo custo e alto potencial de suporte, a fim de viabilizá-lo comercialmente. Esse é o
princípio básico das incubadoras.
Se a fórmula parece adequada
para você, fique atento. Janeiro e
fevereiro são os meses que mais
concentram processos seletivos
para quem quer emplacar uma
empresa "incubada" antes de se
lançar em definitivo no mercado.
O Cietec (Centro Incubador de
Empresas Tecnológicas) da USP
(Universidade de São Paulo), por
exemplo, receberá propostas de
interessados até o dia 20.
O centro, que já tem 70 empresas, deve chegar a 90 "incubadas"
neste ano. "O principal critério seletivo é a inovação", diz o gestor-executivo Sérgio Risola, 53.
Entre os benefícios de optar pela
incubação, está o fato de contar
com infra-estrutura física de custos reduzidos. Em geral, os "incubados" arcam com despesas de
condomínio, luz e telefone, que ficam em torno de R$ 500 por mês.
Há ainda os chamados hotéis de
projetos, etapa anterior à incubação, durante a qual a empresa já
selecionada tem a chance de amadurecer sua proposta. E algumas
incubadoras, como a Supera em
Ribeirão Preto (SP), admitem
também empresas associadas,
que recebem suporte, mas ficam
instaladas externamente.
A Innova, que está situada em
Santo André, na Grande São Paulo, pretende selecionar de três a
cinco empresas em 2003.
"Haverá uma pré-seleção baseada numa apresentação preliminar dos projetos. Depois daremos as orientações para o preparo do plano de negócios", comenta Luís Paulo Bresciane, 43, diretor de desenvolvimento econômico da Prefeitura de Santo André.
Preparação
O momento é ideal para amadurecer idéias e transformá-las
em projeto, elaborar o plano de
negócios e identificar qual centro
incubador é atraente ao seu perfil.
Para aumentar as chances de ser
selecionado por uma incubadora,
o melhor é se preparar com grande antecedência. Um dos primeiros passos é identificar o público e
verificar se há possibilidade de
obter resultados concretos. Isso
porque a maioria dos selecionadores valoriza quem já demonstra
possuir noções empresariais. Ser
prático em relação às finanças da
companhia é outro ponto-chave.
"É preciso destrinchar ao máximo a parte financeira. Nenhuma
incubadora vai apostar num projeto que não tem possibilidades
óbvias de resultado", avisa Alexandre Vancini, 25, gerente da
Iesbec (Incubadora de Empresas
de São Bernardo do Campo).
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