São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 2003


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Os meses de férias oferecem boas opções para quem quer ser selecionado por incubadoras de empresas

É tempo de se tornar um "incubado"

TATIANA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Somar um projeto inovador em fase embrionária a uma infra-estrutura de baixo custo e alto potencial de suporte, a fim de viabilizá-lo comercialmente. Esse é o princípio básico das incubadoras.
Se a fórmula parece adequada para você, fique atento. Janeiro e fevereiro são os meses que mais concentram processos seletivos para quem quer emplacar uma empresa "incubada" antes de se lançar em definitivo no mercado.
O Cietec (Centro Incubador de Empresas Tecnológicas) da USP (Universidade de São Paulo), por exemplo, receberá propostas de interessados até o dia 20.
O centro, que já tem 70 empresas, deve chegar a 90 "incubadas" neste ano. "O principal critério seletivo é a inovação", diz o gestor-executivo Sérgio Risola, 53.
Entre os benefícios de optar pela incubação, está o fato de contar com infra-estrutura física de custos reduzidos. Em geral, os "incubados" arcam com despesas de condomínio, luz e telefone, que ficam em torno de R$ 500 por mês.
Há ainda os chamados hotéis de projetos, etapa anterior à incubação, durante a qual a empresa já selecionada tem a chance de amadurecer sua proposta. E algumas incubadoras, como a Supera em Ribeirão Preto (SP), admitem também empresas associadas, que recebem suporte, mas ficam instaladas externamente.
A Innova, que está situada em Santo André, na Grande São Paulo, pretende selecionar de três a cinco empresas em 2003.
"Haverá uma pré-seleção baseada numa apresentação preliminar dos projetos. Depois daremos as orientações para o preparo do plano de negócios", comenta Luís Paulo Bresciane, 43, diretor de desenvolvimento econômico da Prefeitura de Santo André.

Preparação
O momento é ideal para amadurecer idéias e transformá-las em projeto, elaborar o plano de negócios e identificar qual centro incubador é atraente ao seu perfil.
Para aumentar as chances de ser selecionado por uma incubadora, o melhor é se preparar com grande antecedência. Um dos primeiros passos é identificar o público e verificar se há possibilidade de obter resultados concretos. Isso porque a maioria dos selecionadores valoriza quem já demonstra possuir noções empresariais. Ser prático em relação às finanças da companhia é outro ponto-chave.
"É preciso destrinchar ao máximo a parte financeira. Nenhuma incubadora vai apostar num projeto que não tem possibilidades óbvias de resultado", avisa Alexandre Vancini, 25, gerente da Iesbec (Incubadora de Empresas de São Bernardo do Campo).



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